Com a conivência de Lula, juros do cheque especial chegam a 182% ao ano no “país de todos”

Mãos ao alto – Em 2002, quando a eleição presidencial estava definida e Luiz Inácio da Silva já era presidente eleito do Brasil, representantes de bancos internacionais, reunidos em São Paulo, foram uníssonos diante da afirmação de que o petista estava nas mãos dos donos do dinheiro. E a história está aí para provar que os executivos financeiros tinham razão, mesmo que errados.

Para chegar à Presidência da República, Lula e sua trupe foram obrigados a deixar de lado os discursos esquerdistas do passado, em que condenavam os banqueiros e defendiam a estatização dos bancos, no melhor estilo do que hoje acontece na Venezuela, a reboque da mambembe e utópica revolução bolivariana. Diante do inevitável, os banqueiros decidira, então, despejar dinheiro grosso na primeira campanha vitoriosa de Lula rumo ao Palácio do Planalto.

Depois do sucesso do investimento, os banqueiros passaram a colher os frutos da inusitada semeadura. Diz a lenda que não há nada mais direitista no mundo que um representante da esquerda no poder, tese que ficou comprovada com a chegada de Lula ao poder. Sem ter piedade do trabalhador brasileiro, o presidente-metalúrgico abusou de sua popularidade para induzir o cidadão a erro.

Ao longo dos últimos oito anos, os banqueiros lucraram como nunca, pois as taxas de juros no Brasil são as maiores do planeta. Durante anos a fio os banqueiros faturaram como nunca com a cobrança da famigerada Taxa de Abertura de Crédito, a TAC, que deixou de existir nas operações de crédito e financiamento para pessoas físicas por iniciativa do ucho.info. Foi nesse período que Lula permitiu a criação do criminoso empréstimo consignado, uma das mais lucrativas operações de crédito já vistas.

Agora, para encerrar com galhardia sua era de messianismo boquirroto, Lula deixa o poder sob o manto de escorchantes taxas de juros cobradas no cheque especial e no empréstimo pessoal. De acordo com pesquisa divulgada na terça-feira (28) pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), as taxas de juros para as duas citadas modalidades de crédito mantiveram estabilidade ao longo de 2010, De acordo com o Procon-SP, o movimento em análise divergiu do ano anterior, quando foi registrada queda nas taxas de juros.

Segundo a pesquisa, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras para o cheque especial foi de 8,88% ao mês, com queda de 0,05% em relação a 2009. A taxa média da iniciou 2010 em 8,79% ao mês e encerrou o ano em 9,12% ao mês, acompanhando o movimento de alta da Selic, majorada seguidas vezes como forma de conter o consumo e evitar o retorno da temida inflação.

Entre as instituições financeiras que participaram do levantamento da Fundação Procon de São Paulo, o Banco Safra apresentou a maior taxa média anual (12,3% ao mês), enquanto a Caixa Econômica Federal teve a menor (7,02% ao mês). Em dezembro, a taxa média de juros do cheque especial foi de 185,09% ao ano. Confira a seguir a taxa de cheque especial cobrada pelos bancos brasileiros: 1) Safra – 12,30%; 2) Santander – 9,54%; 3) Real – 9,49%; 4) HSBC – 9,42%; 5) Itaú – 8,66%; 6) Unibanco – 8,61%; 7) Bradesco – 8,32%; 8) Banco do Brasil – 7,79%; 9) Nossa Caixa – 7,66%; 10) Caixa Econômica Federal – 7,02%.

Mesmo diante de números absurdos, Luiz Inácio da Silva não se avexa de ter retirado R$ 20 milhões dos cofres públicos para financiar a veiculação de uma campanha publicitária oficial que para alavancar a despedida do presidente termina com a frase “estamos vivendo o país de todos”. Só mesmo se for o país de todos os banqueiros.