No Rio, Dilma descobre que Lula é um embusteiro e o “Minha Casa, Minha Vida”, um fiasco

Verdade nua – Ao sobrevoar a Região Serrana do Rio de Janeiro, antes de desembarcar em Nova Friburgo, onde permaneceu durante quarenta e cinco minutos e caminhou por uma rua da destruída cidade fincada serra fluminense, a presidente Dilma Rousseff pode constatar através do rastro da destruição que seu antecessor e mentor eleitoral é, além de falso messiânico, um embusteiro com todas as letras. Na cidade serrana, antes de embarcar de volta ao Rio de Janeiro, onde participará de entrevista coletiva ao lado do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), Dilma prometeu agir quando abordada por um morador. “Vamos realizar ações de governo firmes”, respondeu a presidente.

Mesmo com as contumazes tragédias naturais que têm açoitado a Terra de Macunaíma nas últimas décadas, o governo federal insiste em investir muito pouco em ações preventivas. No orçamento da União de 2010, o governo do então presidente Lula da Silva previu investimentos de R$ 425 milhões no Programa de Prevenção e Preparação para Desastres, mas, de acordo com o “Contas Abertas”, o Ministério da Integração Nacional conseguiu a proeza de aplicar apenas R$ 167,5 milhões, ou seja, 39% do dinheiro disponível.

No contraponto, saíram dos cofres públicos, no mesmo ano, R$ 2,3 bilhões para o programa “Resposta a Desastres e Reconstrução”. Em outras palavras, a utopia que marcou a era Lula fez com que o governo gastasse, em 2010, um montante 14 vezes maior em recuperação do que o valor investido em prevenção.

O Rio de Janeiro, que nas últimas horas vem liderando as manchetes mundiais por causa da tragédia que aniquilou cidades como Petrópolis, Teresópolis, e Nova Friburgo, recebeu apenas 0,6% do montante distribuído pelo Ministério da Integração Nacional (R$ 1 milhão), dinheiro aplicado em projetos de prevenção na capital fluminense e nas cidades de Rio Claro e Volta Redonda. De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo (Siafi), o governo Lula não repassou os recursos destinados às cidades da Região Serrana que foram destruídas por uma forte tempestade.

Mas as constatações de Dilma Rousseff diante do cenário da tragédia não pararam por aí. A presidente percebeu que o governador do Rio é um irresponsável sem qualquer chance de recuperação. Tido como um importante e dedicado cabo eleitoral da presidente durante a recente corrida presidencial, Sérgio Cabral Filho disse que a proporção da destruição foi enorme porque os cidadãos se instalam em áreas de risco. Cabral Filho não pode ser levado a sério, pois uma declaração dessas é no mínimo descabida no momento em que o Brasil está de luto por causa das 394 mortes até agora registradas (16h20) na região.

A pior conclusão a que chegou a neopetista Dilma foi que o programa “Minha Casa, Minha Vida”, lançado por Lula da Silva com a costumeira pirotecnia palaciana, é mais um fracasso do governo do seu padrinho político, responsável pelo período mais corrupto da recente história política brasileira. Ninguém mora pendurado em um morro prestes a desabar por masoquismo ou diversão. Fosse o ufanista e eleitoreiro “Minha Casa, Minha Vida” um sucesso, como anunciou inúmeras vezes o ex-presidente, os moradores das regiões afetadas teriam se mudado para áreas seguras e certamente o número de mortos no Rio de Janeiro seria bem menor.

Quando Lula, nos últimos meses de seu mandato, passou a abusar da gazeta na tentativa de permanecer na memória dos brasileiros como o maior presidente de todos os tempos, os jornalistas do ucho.info foram uníssonos ao afirmar que seriam necessárias duas décadas para saber se o profético ex-presidente de fato entrou para a História pela porta da frente.

Maniqueísta confesso, Lula foi traído pela própria incompetência, que se encarregou de abreviar o tempo e mostrar a verdade em menos de duas semanas. Resumindo, nós, do ucho.info, erramos ao quantificar o tempo necessário para a queda da máscara. Mas finalmente ela caiu!