Difícil de entender – Quando ainda estava no poder, Luiz Inácio da Silva, o nosso Messias tupiniquim, chamou de “imbecis” aqueles que criticavam o “Bolsa Família”, alegando que o programa oficial produziu um batalhão de pessoas que, após deixarem a miséria, acabaram se acostumando com o ócio remunerado. Fora isso, o “Bolsa Família” serviu para criar e manter um obediente curral eleitoral, que garantiu, entre tantas coisas, elevados índices de aprovação de Lula da Silva e a eleição de Dilma Rousseff para sucedê-lo no Palácio do Planalto.
Após participar do evento em que o mineiro José Alencar Gomes da Silva foi homenageado, em São Paulo, o ex-presidente Lula deixou a prefeitura paulistana pela porta dos fundos, mas acabou se misturando a um grupo de populares que queriam vê-lo e tocá-lo. Populista como sempre, Lula acabou nos braços do povo, algo que nos últimos oitos anos só se viu em períodos eleitorais.
A pequena manifestação popular, ocorrida no dia em que a maior cidade brasileira comemorava seu 457º aniversário, prova que o “Bolsa Família” tem seu lado pernicioso. Lula deixou à sua sucessora, além de numerosa legião de endividados, o retorno do fantasma da inflação, algo que as autoridades econômicas do governo de Dilma Rousseff estão sofrendo para espantar definitivamente.
Todo esse cenário prova que os críticos do programa social estavam com a razão quando apontaram os malefícios do “Bolsa Família”. Situação que por questões óbvias Lula e seus aduladores de sempre preferiram ignorar, disparando impropérios contra os que lhe faziam oposição. Ou será que a cena protagonizada na retaguarda da prefeitura paulistana foi uma missa encomendada com vistas a 2014?