Óleo de peroba – A soberba que reina absoluta na seara do PT chega a provocar náuseas. Há muito perdendo a guerra para a inflação, o que o obrigou a colocar o cargo à disposição recentemente, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, está preocupado com os desdobramentos do escândalo envolvendo Dominique Strauss-Kahn, que até a noite de quarta-feira (18) ainda respondia pela direção do Fundo Monetário Internacional.
Acusado de tentar abusar sexualmente da camareira de um hotel nova-iorquino, Strauss-Kahn, que está preso em uma penitenciária da “Grande Maçã”, renunciou ao comando do FMI, decisão que, segundo o próprio, foi tomada em respeito aos seus familiares e que expressa a sua confiança na própria inocência.
O ex-chefão do FMI ainda não havia anunciado a sua decisão de deixar o órgão, mas Guido Mantega abusou do proselitismo barato que marca a passagem do PT pelo Planalto Central e enviou carta ao G-20 externando sua preocupação com o caso.
Mantega, que parece não se incomodar com os escândalos que começam a surgir no governo da “companheira” Dilma Rousseff, deveria se manifestar sobre o imbróglio que tem como alvo principal o ministro Antonio Palocci Filho, da Casa Civil. Como sempre aconteceu nos escândalos da era Lula, os que agora começam a surgir no governo da presidente neopetista deve seguir a mesma teoria burra e acintosa. A de que o fim justifica os meios.
Se preocupação é o cardápio predileto de Guido Mantega, o ministro poderia explicar as razões que o levaram a aceitar o convite de um conhecido banqueiro para almoçar em um caro e refinado restaurante da capital paulista. Em uma mesa ao fundo do restaurante, o que garantiu aos convivas certa privacidade, Mantega confabulava com Walter Appel, dono do Banco Fator, o mesmo que, a pedido da Caixa Econômica Federal, conseguiu a proeza de avaliar positivamente a compra de parte do Banco Panamericano, que em passado não tão distante engrossava o patrimônio do empresário Senor Abravanel, o popular Silvio Santos.