Estica e puxa –
A saúde pública através do SUS poderá perder cerca de R$ 2 bilhões no próximo Orçamento Geral da União, segundo previsão do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que integra a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde. O comentário foi feito ao ucho.info na noite da última quarta-feira e, na manhã desta quinta-feira, o parlamentar voltou à carga na reunião da Lei de Diretrizes Orçamentárias, primeiro passo para se analisar o Orçamento de 2010 a partir do último trimestre no Congresso Nacional.
Pressionado pela bancada da saúde, o relator da LDO, deputado Wellington Roberto (PR-PB), avisou aos colegas que retirou o dispositivo que permitia que as despesas com hospitais ligados a universidades federais, até o limite de R$ 480 milhões, fossem computadas como “ações e serviços públicos de saúde”. Caso essa redação prevalecesse, os gastos com os hospitais, hoje no orçamento da Educação, passariam a integrar o piso da saúde.
Darcísio Perondi elogiou a exclusão desse dispositivo, mas destacou que isso não resolve os problemas do setor. A votação da LDO, no plenário do Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara e do Senado), está prevista para a próxima terça-feira (14). Sem essa votação, o recesso parlamentar, previsto para começar no dia 17 desse mês, não pode ser iniciado. A oposição ameaça obstruir a votação porque exige a instalação da CPI da Petrobras/ANP no Senado.
Em 2006, quando estava prestes a estrear na campanha pela reeleição, o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, sem medo de errar, que a saúde no Brasil estava a um passo da perfeição. Como números, principalmente os financeiros, não mentem jamais, que o presidente-metalúrgico venha a público para esclarecer o significado de perfeição.