(*) Carlos Augusto, especial para o ucho.info
O segundo semestre será divertido no Congresso brasileiro. Leia-se como divertido a escabrosidade que a oposição procurará impor à base do governo Dilma, tanto na Câmara como no Senado, levando-se em conta a frase do presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), logo após entrevista coletiva nesta terça-feira (19) no Salão Verde: “A crise não é só desse ministeriozinho (Transportes), vem muito mais por aí…”, em clara referência a novos pecados políticos que ainda não chegaram à mídia, mas chegarão.
Sérgio Guerra falou para os jornalistas – com o testemunho do líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP) – que “ninguém mais sabe onde termina uma campanha política e onde começa o patrimônio das pessoas públicas”, e ainda encalacrou o Partido Republicano, o partido perverso da vez, que encalhou no mar de lama que cobre o Ministério dos Transportes: “O Pagot ( Luiz Antônio Pagot, do DNIT) não é nada mais do que um bom operador (de negócios), por isso foi parar lá ( no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Tanto Duarte Nogueira quanto Sérgio Guerra fizeram questão de lembrar que o PT também deixou suas digitais no escândalo da propina dentro do DNIT: “O Partido dos Trabalhadores estava dentro do Ministério dos Transportes e não é de hoje, não é da gestão Dilma, vem desde os primórdios do governo Lula, portanto a quase dez anos”.
A presidente Dilma tem de assumir de fato e de direito o mandato que o povo lhe concedeu, acrescentou o líder tucano, para quem esse “esquema de governo não tem futuro na democracia. Há um processo de corrupção generalizado e não adianta mais a presidente mandar demitir, ela tem que mostrar ao país que também manda punir e ponto final, mesmo que isso lhe custe muitos votos no Congresso ou então vai ficar balançando perante a opinião pública”, declarou o líder dos tucanos.