Copom aumenta a taxa básica de juros e reforça a maldição da herança deixada por Lula da Silva

Nas alturas – Confirmando as previsões do mercado financeiro, o Banco Central, em meio às dúvidas sobre o comportamento da economia nacional, anunciou no início da noite desta quarta-feira (20) o quinto aumento consecutivo da taxa básica de juros (Selic). O Comitê de Política Monetária do BC elevou de 12,25% para 12,5% ao ano a taxa que baliza o custo dinheiro para pessoas físicas e jurídicas.

“Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, elevar a taxa Selic para 12,50% a.a., sem viés”, informou o Banco Central. Diante do comunicado, alguns economistas apostam que o Copom deve aumentar mais uma vez a taxa básica de juros, decisão que pode ser tomada na próxima reunião do órgão, marcada para os dias 30 e 31 de agosto.

Alguns analistas entendem que na reunião seguinte, agendada para outubro próximo, o Comitê pode optar por nova elevação da Selic, caso haja piora da inflação no Brasil e aumento da turbulência na economia internacional.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a poderosa Fiesp, protestou contra a decisão do Copom. “Precisamos refletir sobre o futuro que queremos para o Brasil. O quinto aumento consecutivo da taxa de juros vai acelerar a desindustrialização e poderemos ter perdas de postos de trabalho, agravando os sérios problemas que já enfrentamos com a competitividade brasileira. Em vez de elevar os juros, o governo deveria adotar medidas que efetivamente reduzam a carga tributária, equilibrem a taxa de câmbio, melhorem a infraestrutura, diminuam o custo da energia e garantam isonomia entre a produção nacional e a estrangeira”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, em nota enviada ao ucho.info.

O atual quadro da economia é resultado da fanfarrice que marcou os oito anos da era de Luiz Inácio da Silva, que na última segunda-feira (18) foi homenageado pela Fiesp com um jantar para duzentos convidados seletos. Em outras palavras, a Fiesp, antes do regabofe, deveria ter aplicado uma dura carraspana no messiânico Lula, que deixou à sucessora, a neopetista Dilma Vana Rousseff, um espólio além de amaldiçoado.

Com a decisão desta quarta-feira, os juros reais alcançaram a marca de 6,77% ao ano e o Brasil continua liderando o ranking das nações com as mais altas taxas de juros, à frente da Hungria (2,4% ao ano) e do Chile (1,8%)