“Sem provas” – Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu de Oliveira e Silva afirmou nesta terça-feira (13) que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o processo do “Mensalão do PT” com rapidez e de acordo “com os autos”. Na última quinta-feira (8) terminou o prazo para os réus do mensalão apresentarem suas alegações finais ao STF. Em sua defesa, Dirceu rechaçou todas as acusações feitas contra ele e de que controlava as ações do PT.
“É a única coisa que peço, mais nada. Que me julguem nos autos. Porque juízo político já tive na Câmara dos Deputados, e eu fui cassado sem provas. Como aliás o tempo está mostrando”, afirmou em entrevista após seminário sobre petróleo promovido no Rio de Janeiro, segundo informou a “AE”.
“Não há qualquer elemento no processo que possa sequer sugerir que Dirceu tinha conhecimento de questões relacionadas à administração ou finanças do PT no período que esteve à frente da Casa Civil”, diz o texto elaborado pela defesa. Dirceu deixou o comando da Casa Civil no governo Lula, em 2005, em razão das denúncias, e teve seu mandato cassado pela Câmara em dezembro do mesmo ano.
O tempo como sempre é o senhor da razão. O mesmo José Dirceu, por ocasião do escândalo que ficou conhecido como “Os Anões do Orçamento”, subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para defender a cassação do finado Ricardo Fiúza, à época deputado pelo PFL de Pernambuco. Disse Dirceu que para cassar um mandato não eram necessárias provas, mas apenas evidências.