Mãos ao alto – Depois de receber ajuda financeira de Hugo Chávez para a campanha eleitoral, a presidente Cristina de Kirchner, da Argentina, tomou emprestado o modelo chavista de expropriação de empresas privadas. Sem sabe o que fazer com a crise econômica que atinge o país, a começar pela inflação, a atual ocupante da Casa Rosada vem tentando desviar o foco da opinião pública, criando uma sequência de factóides fracassados. O mais recente foi provocar diplomaticamente a Grã-Bretanha por causa das Ilhas Falkland (ou Malvinas para os argentinos). Cristina de Kirchner quer retomar a posse do arquipélago localizado no Atlântico Sul, apenas porque precisa de um disfarce para a crise que assola a terra do tango.
Depois da fracassada tentativa de comover o mundo sobre a necessidade da Argentina de avançar sobre as Malvinas, Kirchner anunciou nesta segunda-feira (16) a nacionalização da YPF, empresa petrolífera privatizada na década de 90 e que faz parte do grupo espanhol Repsol. Na proposta que enviará ao Congresso Nacional argentino, Cristina de Kirchner declara de interesse público a exploração de petróleo e derivados.
O governo informou que o texto estabelece a expropriação das ações da empresa YPF, sendo que 51% das ações da companhia passarão ao Estado e os 49% restantes, às províncias. Enquanto instalava na Venezuela o modelo ditatorial decorrente da chamada revolução bolivariana, Chávez foi expropriando o que encontrava pela frente. O desrespeito pela propriedade privada vem à cena quando um estadista não tem como justificar a própria incompetência. E nesse caso só o populismo poderá salvá-lo durante algum curto espaço de tempo, pois a História não perdoa.