Roberto Requião quer transformar a CPI do Cachoeira em lança contra adversários políticos no Paraná

Sem controle – Ex-governador do Paraná e senador por um dos mais importantes estados brasileiros, Roberto Requião (PMDB) é conhecido nacionalmente muito mais por sua destemperança do que seus acertos como homem público. Acostumado a usar o ataque como ferramenta de defesa, Requião tem aproveitado a CPI do Cachoeira, ainda sem funcionar, para estocar seus adversários. A primeira vítima do senador paranaense foi o atual governador Beto Richa (PSDB0, acusado por Requião de vínculo com o contraventor goiano preso em 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Como noticiamos na edição de 20 abril, Roberto Requião, um descontrolado que faz de tudo para aparecer, já foi “sócio” de Carlinhos Cachoeira no passado. Então governador, Requião não se incomodou com a parceria da Lotopar – empresa de loterias do governo paranaense – com Carlinhos Cachoeira, entre janeiro de 2003 e abril de 2004.

Mas isso não é tudo na relação do senador paranaense com a jogatina ilegal. Em seu primeiro governo, Requião, que acumulava o posto de secretário da Segurança Públcia, recebeu on Palácio Iguaçu os bicheiros cariocas Miro (que tratava de construir um cassino em Foz do Iguaçu), Capitão Guimarães (torturador de 1964) e Castor de Andrade. Ao saber do vazamento de informações sobre o secreto encontro, Roberto Requião ordenou uma investida contra contraventores do estado.

A segunda vítima desse oportunismo barato misturado como sandice é o ex-deputado federal Gustavo Fruet, pré-candidato do PDT à prefeitura de Curitiba, com o apoio do Partido dos Trabalhadores. Requião quer convocar Fruet para depor na CPI do Cachoeira, pois quer saber se atualmente o ex-deputado tem a mesma opinião sobre os petistas.