Óleo de peroba – Imagine caro leitor o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, falando em bom senso. Pode parecer uma estrondosa galhofa, mas o termo foi usado por Tatto durante seu discurso, ordenado pelo Palácio do Planalto, contra o presidente do Paraguai, Frederico Franco, que anunciou que não mais repartirá com o Brasil a energia gerada pela usina binacional de Itaipu. O presidente paraguaio também anunciou que não mais repassará à Argentina a parte que cabe ao país da energia produzida na usina de Yacyretá.
Com base no acordo que emoldura a usina de Itaipu, a energia produzida é de direito de ambos os países, em partes absolutamente iguais. Ao Paraguai cabe o direito de comercializar o excedente, o que não configura obrigação.
Em discurso no plenário da Câmara, o obediente e genuflexo Jilmar Tatto disse que Frederico Franco está “blefando”. “Não é para valer. Creio que o bom senso vai prevalecer. Acho que é mais blefe”, declarou Tatto, para quem o Paraguai não tem “condições econômicas” de utilizar a energia sobressalente e nem descartará o valor atualmente pago pelo Brasil. “O Paraguai vai abrir mão desse recurso? Eles não usam essa energia. A energia vai embora. O Paraguai não tem condição econômica de abrir mão. De política eu não vou comentar porque ele não foi eleito pelo povo”, completou o líder petista.
A sanha totalitarista que se esparrama pela América Latina é cada vez mais preocupante. E torna-se inaceitável quando alguém como Jilmar Tatto tenta ingerir na soberania de outra nação. Já basta o empenho da presidente Dilma Rousseff para suspender temporariamente o Paraguai do Mercosul e enxertar a Venezuela no bloco. Por isso, Frederico Franco tem o direito constitucional de decidir os destinos do Paraguai, até que o Congresso desaprove suas decisões e retire-o do cargo, assim como fez com o padre populista Fernando Lugo.
Se o tiranete Hugo Chávez ameaçou cortar o fornecimento de petróleo ao Paraguai apenas por causa do impeachment de Lugo, o presidente Frederico Franco pode fazer o mesmo com o quinhão da energia gerada por Itaipu que cabe ao vizinho país.
A incompetência e a soberba que flana no cérebro dos petistas é algo tão absurdo, que Jilmar Tatto deveria se olhar no espelho e se entregar à própria insignificância. Bom seria se esses repentinos paladinos da moralidade e herdeiros intelectuais de Aladim criticassem a violação dos direitos humanos em Cuba. E só não o fazem por mera covardia, pois todos se ajoelham diante do sanguinário e truculento Fidel Castro.