Zona Máxima em Sampa –
Insatisfeitos com a restrição imposta pela prefeitura paulistana, usuários de ônibus fretados voltaram a protestar na última terça-feira. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, cerca de 400 pessoas se postaram nas imediações da Estação Sumaré do Metrô e, às 18h30, iniciaram um protesto próximo a um bolsão criado para o embarque e o desembarque de passageiros.
Na última segunda-feira, alguns manifestantes bloquearam por mais de uma hora três pontos da Marginal Pinheiros e das Avenidas Bandeirantes e Ricardo Jafet. Diante dos fatos, a prefeitura emitiu nota repudiando a ação, que atrapalhou o sempre caótico trânsito da capital paulista.
No primeiro dia de vigência, a Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados causou sérios transtornos em algumas estações do Metrô, que se viu obrigado a criar novas bilheterias para atender ao repentino excesso de demanda.
Preocupado com a opinião pública, o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, voltou atrás e autorizou a circulação dos ônibus fretados na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, Zona Sul de São Paulo. De acordo com o secretário, os fretados estão autorizados a circular pela avenida a partir da tarde desta quarta-feira. A região é conhecida por concentrar as grandes empresas do setor de serviços da capital.
Nas últimas semanas, o prefeito Gilberto Kassab tem se dedicado a decisões polêmicas. Antes de impor restrições aos fretados, Kassab eliminou perto de 2,4 mil vagas da Zona Azul na região da mesma avenida. Com essa mudança, a diária nos estacionamentos passou de R$ para R$ 20, enquanto a mensalidade saltou de R$ 100 para R$ 190. Sem condições de enfrentar a redução de vagas e o aumento dos preços dos estacionamentos, muitos dos que trabalham na região optaram pelos ônibus fretados.
Traduzindo para o bom e velho português, a versão de bom moço que Gilberto Kassab exibiu durante a campanha pela reeleição tinha prazo de validade.