Camburão lotado – “A culpabilidade de Delúbio Soares é bastante elevada, uma vez que ele se ocupou da negociação de valores com todos os parlamentares envolvidos”, afirma o relator. “Não se tratou de um crime de corrupção comum, mas de uma conspurcação do sistema representativo”. Assim o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), abriu a dosimetria das penas de Delúbio Soares de Castro, então tesoureiro do PT à época do maior escândalo de corrupção da história brasileira.
Condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa, Delúbio recebeu pena de oito anos e onze meses. De tal modo, o ex-tesoureiro do PT, que assumiu a responsabilidade pelo mensalão, começará cumprindo a pena em regime fechado, assim como o companheiro José Dirceu.
Fixadas as penas dos petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares de Castro, fica claro que o Supremo Tribunal Federal agirá com rigor em casos de corrupção, algo que há séculos corrói o País e a dignidade dos brasileiros.
Para que a epopeia criminosa fique devidamente julgada, a Justiça deveria levar aos tribunais o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, mandante do esquema de corrupção, tendo se beneficiado da compra de parlamentares no Congresso Nacional. Lula sempre alegou desconhecer o esquema pilotado por José Dirceu, mas é impossível em um regime democrático que alguém acredite ser quase uma unanimidade.
A história do Mensalão do PT só será totalmente passada a limpo quando a Justiça condenar o messiânico Lula, mandando-o à prisão em regime fechado, pois só assim ele terá tempo suficiente para rever as mentiras que vociferou e as mazelas que patrocinou à nação, as quais exigirão pelo menos cinco décadas de esforço dos cidadãos para serem eliminadas.