Lição dura – Os ministros do Supremo Tribunal Federal, na retomada da dosimetria das penas dos condenados no processo do Mensalão do PT, condenaram o ex-assessor do Partido Progressista, João Claudio Genú, a 7 anos e 3 meses de prisão e multa no valor de R$ 520 mil.
Ex-estafeta parlamentar do finado José Janene, Genú foi condenado a 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha e a 5 anos por lavagem de dinheiro. Pelo fato de a somatória das penas ser menos do que oito anos, o ex-assessor terá de cumpri-las em regime semiaberto.
João Claudio Genú também foi condenado a 1 ano e 6 meses por corrupção passiva, mas o crime prescreveu. Com a prescrição, o ex-assessor do PP escapou de cumprir a pena em regime fechado.
De acordo com o Código Penal, penas até quatro anos são cumpridas em liberdade, de quatro a oito anos em regime semiaberto, enquanto que as acima de oito anos são cumpridas em regime inicialmente fechado.
De acordo com o Ministério Público, Genú sacou R$ 1,1 milhão do esquema operado por Marcos Valério para repassar ao PP. O relator do caso, Joaquim Barbosa, afirmou que ele recebeu R$ 3 milhões em espécie.
Decano do STF, o ministro Celso de Mello disse que sem a participação de Genú o PP “teria mais dificuldade para transformar o partido em legenda alugada ao PT”. O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do Mensalão do PT, destacou que Genú era um “assessor que cumpria ordens”.