Confusão à vista – O veto parcial ao projeto de distribuição dos royalties do petróleo fez com que a presidente Dilma Rousseff não prejudicasse pelo menos dois estados, Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas arrumasse um problema grande e quase sem fim com os governadores de 24 estados e do Distrito Federal, que querem a distribuição equânime dos recursos do ouro negro das profundezas. Com a decisão da presidente, os contratos atuais serão mantidos, sendo que somente as concessões futuras de exploração gerarão royalties para divisão igualitária.
O governo anunciou também que os royalties futuros serão investidos integralmente na Educação, o que pode demorar até vinte anos, pois a exploração da camada pré-sal ainda é ima incógnita para os especialistas brasileiros e as reservas petrolíferas e de gás são feitas por estimativas.
A batalha que Dilma Rousseff terá de enfrentar nos próximos dias é que os 25 governadores que tiveram seus respectivos estados alijados da distribuição dos royalties devem acionar suas bancadas no Congresso Nacional para derrubar o veto presidencial, algo que há muito não acontece na história política nacional. Sair dessa grande enrascada exigirá excesso de habilidade das articuladoras políticas do governo, ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, que deixam a desejar. Em outras palavras, a semana que começa promete em termos políticos.