Turma do remendo – O que faltava para o governo escamotear o insucesso da participação da Força Nacional de Segurança na operação de combate aos criminosos que já patrocinaram cem ataques em Santa Catarina, acabou acontecendo.
Ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo afirmou nesta terça-feira (19) que o problema na segurança pública não decorre da carência de recursos, mas da falta de gestão. E por questões óbvias o problema não é do PT, pois o partido da “companheirada” é uma reunião de gênios e de pessoas que jamais erram ou se equivocam.
“É claro que a segurança pública precisa de dinheiro. E não de pouco [dinheiro], mas eu ousaria dizer que, historicamente, no Brasil, um dos principais problemas das políticas de segurança pública tem a ver com a gestão”, disse Cardozo, que reforçou sua fala alegando que o “empirismo”, a falta de informações precisas, resulta em ações mal-sucedidas e desperdício de dinheiro público.
“Historicamente, gasta-se mal o pouco dinheiro que se tem. Às vezes gasta-se com [iniciativas] de dimensão pirotécnica, mas não se mede a utilização dos equipamentos, dos resultados. Muitas vezes, equipamentos são repassados de forma inadequada. Há situações em que políticas públicas academicamente excelentes não são acompanhadas e mensuradas em seus resultados. Por isso é fundamental aprimorarmos a gestão”, declarou u o ministro, durante o lançamento de pesquisas realizadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.
A FNS chegou a Santa Catarina embalada pelo anúncio de que sua missão seria sigilosa, mas depois da transferência de quarenta presos para penitenciárias federais, em outros estados, cinco novos ataques ocorreram.
Ingerir na Segurança Pública de qualquer unidade da federação governada por um adversário ou que esteja na mira do PT é a missão do Palácio do Planalto, que precisa cumprir algumas etapas para que o projeto totalitarista de poder da legenda avance. Como a ordem é tirar a inoperância do governo de Dilma Rousseff da mira das críticas, a saída encontrada por Cardozo foi transferir a culpa para o abstrato, pois transferi-la aos adversários provocaria uma gritaria mesclada com a revelação das verdades.
O governo do PT precisa descer do salto e reconhecer que não patrulha as fronteiras brasileiras por questões ideológicas, assim como agiu de maneira covarde com a blogueira cubana Yoani Sánchez, que em visita ao Brasil está sendo alvo da ira da esquerda inconformada com sua presença. As fronteiras brasileiras são passagem livre para o trafico de drogas e o contrabando de armas, atividades que sustentam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo narco-guerrilheiro que, assim como o PT, é signatário do Foro de São Paulo, agrupamento ideológico esquerdista que alguns ignaros teimam em dizer que se trata de ficção.
Outra razão para o não patrulhamento das fronteiras foge da questão ideológica e migra para os interesses de alguns políticos que usam o cargo para a prática continuada de crimes, como o contrabando de nióbio, que deixa ilegalmente o território brasileiro através da Venezuela e ganha o mundo a partir do litoral do país que vive um caos político-social sob o comando do bolivariano Hugo Chávez, partícipe da operação criminosa.
Que o governo do PT deixe de lado a hipocrisia e admita que a escalada na criminalidade nas grandes cidades na última década é resultado da conivência do Estado com os crimes que acontecem diuturnamente nas nossas fronteiras. Ademais, José Eduardo Cardozo não tem o direito de tergiversar sobre o assunto, pois Lula lançou com a conhecida pirotecnia palaciana o Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci), que teve como garota-propaganda (sic) a incompetente Ideli Salvatti, que nos últimos tempos tem destilado seu precioso talento na articulação política do Palácio do Planalto.