Dita branda – O governo totalitarista do PT, que começa a fazer inveja ao espírito vagante de Hugo Chávez, não mede esforços para esconder a dura realidade que marca o cotidiano nacional. Não bastassem as medidas utópicas adotadas para enfrentar a crise e a cortina de fumaça que serve para esconder a incompetência de um governo inoperante, o Palácio do Planalto agora determina o que os servidores podem falar publicamente.
Por ordem da direção da Petrobras, os engenheiros da estatal petrolífera foram proibidos de participar de um debate sobre investimentos no pré-sal, evento que estava previsto para acontecer na Feira do Pólo Naval, na cidade gaúcha de Rio Grande.
A determinação surpreendeu os participantes do debate, pois a ausência dos engenheiros foi anunciada minutos antes do início do evento. De acordo com a informação dada pelos organizadores do debate, somente a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, poderia falar sobre o tema. Convidada, Foster também não apareceu.
A Petrobras vive um dos piores momentos da sua história, com prejuízos bilionários e uma vergonhosa partidarização da sua estrutura, o que levou a companhia a perder um terço de seu valor de marcado nos últimos três anos.
A falta de planejamento do governo do PT obrigou a Petrobras a importar gasolina, vendendo o produto no mercado interno por preço subsidiado. Fora isso, há o escândalo da compra de uma obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas, que já arrancou dos cofres da Petrobras, até agora, US$ 1,6 bilhão.
De quebra há o caso da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que foi orçada em US$ 3 bilhões e deveria ser erguida com a participação do governo Venezuelano. Depois de o Brasil torrar US$ 20 bilhões e ainda alimentar a expectativa de ter de desembolsar outros US$ 10 bilhões, o governo de Caracas ainda não colocou a mão no cofre para fazer o aporte financeiro acordado entre os dois países.
Sem condições de investimento e principalmente de aumentar a produção de petróleo, a Petrobrás vive a fantasia do pré-sal, factóide lançado por Lula que lhe permitiu circular pelo planeta como um verdadeiro xeique tupiniquim. Até o primeiro vintém surgir das profundezas do Atlântico Sul, o brasileiro terá de esperar pelo menos duas décadas. O que explica, mas não justifica, a mordaça que foi colocada nos engenheiros da Petrobras.