Fernando Haddad se preocupa com reintegração de posse após arrancar cobertores de moradores de rua

Pegando carona – Com o advento do consumismo, o que permitiu ao messiânico Luiz Inácio da Silva navegar nas águas calmas da aprovação popular, o PT foi obrigado a reinventar a classe média, colocando nessa invencionice os 40 milhões de incautos que acreditaram nas falsas profecias do ex-metalúrgico. Com o Brasil caminhando na direção do abismo econômico e embalado pela falsa sensação de impunidade, o PT agora quer mudar a legislação brasileira.

Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Militar de São Paulo cumpriu ordem judicial e começou a reintegração de posse de um terreno no Jardim Iguatemi, na Zona Leste da capital paulista. A propriedade, com 130 mil metros quadrados, foi invadida por engano, pois os 1,7 moradores que lá estavam pensar que o terreno era da municipalidade.

O Brasil está longe de ser aquele país em que ordens judiciais eram cumpridas sem o “jus esperniandi”, mesmo com a possibilidade de recursos. Informado sobre a desocupação da área, o prefeito Fernando Haddad, apresentado por Lula como a derradeira solução para a maior cidade brasileira, alegou desconhecer a decisão judicial em questão.

Com a PM dentro da área ocupada ilegalmente, Haddad conseguiu que a operação policial fosse suspensa, o que mostra que o desrespeito do Judiciário faz parte da cartilha que traz o projeto totalitarista de poder do Partido dos Trabalhadores. A reintegração de posse foi interrompida porque o alcaide paulistano tentará reverter a decisão judicial durante encontro com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori.

No caso de Sartori ceder à pressão do prefeito, o PT conseguirá provar que a Justiça paulista não funciona e que o magistrado que decidiu pela reintegração de posse é incompetente. Assunto que não está em discussão nesta matéria.

O direito de propriedade é garantido pela Constituição Federal em seu artigo 5º, ou seja, uma garantia individual que está inserida em cláusula pétrea, não cabendo ao Judiciário atropelar a maior de todas as leis do País.

Que o Brasil sofre, desde janeiro de 2003, um processo ininterrupto de “cubanização” todos sabem, mas é inadmissível que em plena democracia, mesmo que teórica, o direito de propriedade seja ultrajado de maneira tão escandalosa. Isso mostra que o programa “Minha Casa, Minha Vida”, lançado com estardalhaço para alavancar a campanha da então candidata Dilma Rousseff, é um fracasso comprovado pelo cotidiano.

Se Fernando Haddad, que até agora parece não ter assumido a prefeitura paulistana e só funciona a partir do controle remoto que está nas mãos de Lula, quer fazer cortesia com a propriedade alheia, que indenize o dono do terreno com base no valor de mercado e à vista. Essa balela de precatórios municipais é armadilha barata e quem acredita nesse engodo deve se preparar para uma fila de pelo menos trinta anos.

A preocupação de Fernando Haddad com o menos favorecidos desponta um dia após guardas civis metropolitanos e servidores municipais terem arrancado cobertores e agasalhos de moradores de rua que vivem na Praça da Sé, no centro da cidade de São Paulo.