Ficou feio – Em ata divulgada nesta quinta-feira (25), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) informou que a decisão tomada na última semana e que resultou na alta de 0,25 ponto percentual da Selic – saltou de 7,25% para 7,50% ao ano – decorreu da necessidade de “neutralizar risco” de disparada da inflação em 2014.
“O julgamento de todos os membros do Copom é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para a inflação, notadamente para o próximo ano”, informa a ata do Copom.
Contudo, o Comitê ressalva no documento que parte dos integrantes do colegiado ponderou na última reunião que a elevação da Selic no atual momento não seria “recomendável”, uma vez que as mudanças previstas para o crescimento da economia internacional nos próximos anos tenderiam a impactar o aumento dos preços no mercado brasileiro e a frear a inflação.
“Parte do comitê, entretanto, pondera que está em curso uma reavaliação do crescimento global e que esse processo, a depender de sua intensidade e duração, poderá ter repercussões favoráveis sobre a dinâmica dos preços domésticos. Para esses membros do Comitê, não seria recomendável uma ação imediata da política monetária”, diz a ata. De acordo com o texto, porém, “essa visão não foi respaldada pela maioria do colegiado.”
O grande enigma da crise econômica brasileira é que os preços estão em alta, a inflação encontra-se fora de controle e o consumo iniciando uma trajetória de queda, percurso que deverá ter a companhia do desemprego.
A inflação real, muito além da oficial, já passa da casa dos 20% e tem assustado a extensa maioria da população, cada vez mais preocupada com o futuro da economia e do País, que na última década viu o populismo barato ancorado por Lula corroer um cenário de estabilidade que custou o sacrifício de milhões de brasileiros, que jamais viveram um longo período de calmaria em virtude das equivocadas políticas econômicas adotadas por distintos governantes.
Enquanto as autoridades econômicas comprometidas com a verdade contradizem os discursos palacianos, o PT promove eventos em todo o Brasil para comemorar os dez anos da legenda no poder central e as conquistas (sic) ocorridas ao longo dos dois desgovernos de Luiz Inácio da Silva, também conhecido como o lobista-fugitivo Lula.
Esse cenário de informações desconexas e mentiras oficiais explica a decisão do PT e dos palacianos de endurecer o jogo político no Congresso Nacional a fim de engessar eventuais candidaturas oposicionistas que possam fazer sombra a Dilma Rousseff, que nega estar em campanha pela reeleição.