Pressão total – Em 2003, quando ucho.info alertou para o perigo de o Brasil mergulhar em um processo perigoso e irreversível de “cubanização”, muitos foram os que nos dedicaram críticas de todos os matizes. Uma década depois, sem que em nenhum momento tivéssemos minimizado os alertas, o País se aproximou perigosamente de um modelo totalitarista de esquerda.
O PT continua firma em seu projeto de instalar no Brasil uma ditadura civil socialista, nos moldes da que já existe na vizinha Venezuela. Na seara da chamada ditadura ideal, a diferença entre os dos países é que no Brasil o parlamento ainda não foi transformado em ringue. Na Assembleia Nacional Venezuelana, os integrantes da oposição têm sofrido agressões físicas por criarem dificuldades ao governo do tiranete estreante Nicolás Maduro.
Na Câmara dos Deputados, em Brasília, com 423 parlamentares na base aliada, o governo do PT vem sistematicamente transformando o Brasil em uma ditadura, tocada à base de Medidas Provisórias, todas votadas e aprovadas à sombra do escambo imundo e criminoso, pois ninguém se submete graciosamente a tão vexatória genuflexão.
Considerada como essencial para o desenvolvimento do País, a Medida Provisória 595 (MP dos Portos) foi levada à votação faltando poucas horas para o fim de sua validade legal, o que obrigou o Palácio do Planalto a acionar, de forma covarde e truculenta, seu rolo compressor, que sempre surge em cena quando o governo está em perigo.
Ao longo da madrugada desta quinta-feira (16), dando continuidade à votação que começou na tarde do dia anterior, a Câmara viu líderes partidários deflagrando o que foi chamado de “operação despertador”, acordando parlamentares que foram para suas respectivas casas acreditando estar liquidada a matéria em questão. Com atuação firme e resistente, que dentro do que estabelece o regimento da Câmara, a oposição adiou ao máximo o encerramento da votação, fazendo com que novas sessões fossem convocadas para atender aos interesses palacianos.
Às 7h03 desta quinta-feira, depois de quase vinte horas de trabalho ininterrupto, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), encerrou mais uma vez a sessão, convocando outra em seguida, na esperança de que o plenário registrarem quorum mínimo para garantir a votação do texto final da MP dos Portos.
Até a finalização desta matéria, às 8h00, muitos deputados da base aliada ainda não tinham retornado à Câmara, apesar dos inúmeros e desesperados apelos das lideranças, submetendo o País a um dos mais vexatórios espetáculos políticos de toda a história nacional.
Descumprido a promessa que fez, de encerrar a sessão meia hora após sua abertura, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, cedeu à pressão do Palácio do Planalto e continua aguardando o retorno dos parlamentares à Casa legislativa.