Teatro palaciano – Secretário-geral da Presidência da República, o petista Gilberto Carvalho parece ter voltado aos tempos de coroinha e disse que continua sem compreender os protestos que crescem cada vez mais em várias cidades brasileiras.
É impossível acreditar que qualquer integrante do núcleo duro do Palácio do Planalto não tenha compreendido até agora as razões dos protestos e o próprio movimento. O governo de Dilma Rousseff está cada vez mais paralisado por causa da incompetência que grassa nos escaninhos do poder central, mas Gilberto Carvalho tenta posar de inocente.
Essa postura pífia e teatral do secretário da Presidência é mais uma encenação barata e de encomenda, pois alguém que é a personificação da inocência não pode ocupar cargo de tamanha importância, mesmo na igreja mais próxima.
Para que o leitor avalie a magnitude da farsa que os palacianos estão a tramar, Gilberto Carvalho foi secretário municipal na gestão de Celso Daniel e tratou com excesso de frieza o covarde e brutal assassinato do então prefeito de Santo André, que foi eliminado, com direito a métodos medievais de tortura (empalação) por ter discordado da destinação dada ao dinheiro da propina arrecadada junto a empresários de ônibus da importante cidade do ABC paulista.
À época, o dinheiro da corrupção deveria ajudar o financiamento da campanha de Lula à presidência, mas acabou sendo usado para outros fins, começando pela compra de luxuosas casas de campo em cidades badaladas do interior paulista.
De tal modo, o brasileiro não deve acreditar nesse repentino “bom-mocismo” de Gilberto Carvalho, que de angelical só tem a estampa.
Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.