Desespero total – O imobilismo político de Dilma Rousseff como chefe de Estado e de governo é de tal modo impressionante, que a petista decidiu conversar, ainda nesta sexta-feira (21), com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, respectivamente, e com o senador José Sarney, caudilho que domina com mão de ferro, há cinco décadas, o mais miserável estado brasileiro, o vilipendiado Maranhão. Da conversa participará também o vice-presidente Michel Temer.
Essa postura que denota extrema insegurança evidencia o descontrole político que ronda o País, terreno fértil para golpes totalitários e ações de extremistas.
É inconcebível que Dilma Rousseff precise se aconselhar com os dirigentes do Legislativo federal, que na última década foi vexatoriamente atropelado pelo Executivo no embalo do som surdo da negociata.
A situação do País torna-se cada vez mais preocupante à medida que se prolonga o silêncio covarde e irresponsável de Dilma Rousseff, que nos bastidores está enfrentando a sordidez que sempre se faz presente nos momentos de crise.
Abrir frentes de diálogo com políticos que estão na pauta dos protestos – e frequentam as críticas diuturnas da população – servirá para incendiar de vez o movimento que por enquanto é passível de ser controlado com ações efetivas e sem discursos populistas. Por questões óbvias, até porque o governo é fraco e sem comando, os manifestantes têm encontrado o caminho livre para recrudescer os protestos.
Mais algumas horas e a situação pode se tornar irreversível, o que não é bom para a democracia, uma vez que pode entrar em cena uma alternativa indesejável e que fere de morte o Estado Democrático de Direito.