Pronunciamento de Dilma será genérico e pode não convencer os manifestantes que tomam as ruas

Suicídio político – O pronunciamento que a presidente Dilma Rousseff fará logo mais às 21 horas, em rede de rádio e televisão, dificilmente convencerá a população. Dilma, que permaneceu em silêncio nos últimos dias, tentará convencer a população de que as políticas públicas estão sob o controle do governo, em especial as que beneficiam a classe média que Lula inventou depois de empurrar os brasileiros ao consumo e endividamento.

Assessores mais próximos da presidente acreditam que com esse discurso Dilma Rousseff conseguirá acalmar a parcela da população mais alinhada com o discurso embusteiro do Partido dos Trabalhadores.

Ainda sem entender que as reivindicações dos manifestantes ultrapassam com largueza e facilidade qualquer justificativa que venha a ser apresentada, Dilma precisa aceitar a ideia de que os brasileiros estão acima de tudo à procura de um governo de fato, não de um grupo adepto da embromação e do banditismo político. Qualquer nova promessa que surja do pronunciamento desesperado da presidente não alcançará o campo da realidade em menos de cinco anos.

Sob o comando de Lula, que se agarrou à pirotecnia oficial e endossou escândalos de corrupção dos mais variados, o PT e seus aliados conseguiram jogar no ralo uma década de esforço do povo brasileiro, como se isso nada representasse.

Acortina de fumaça que Lula jogou sobre a opinião pública serviu para que o proxenetismo político tomasse conta da máquina estatal, sem que os operadores do Estado se preocupassem com o amanhã. Cansada de tantas mazelas e descasos, a população saiu às ruas para soltar a voz e dar um basta ao período mais corrupto e vergonhoso da história nacional.