Mostrando força – A economia brasileira continua cambaleando à beira do precipício, mas o ainda ministro da Fazenda, Guido Mantega, insiste em defender o indefensável. Mantega disse que apostar na alta do dólar pode ser um equívoco, mas o mercado de câmbio tem demonstrado uma disposição que vai além das expectativas do governo, repetindo o que ocorreu em relação à inflação.
Nesta terça-feira (20), depois de o Banco Central intervir no mercado para tentar frear a alta da divisa norte-americana, a cotação do dólar não recuou de forma expressiva. O BC anunciou, na segunda-feira (19), que venderia US$ 4 bilhões no mercado à vista, além de renegociar os prazos de vencimento de alguns contratos de swap cambial, mas o dólar caiu de R$ 2,4159 (cotação de segunda-feira) para R$ 2,3990.
Em termos práticos o recuo do dólar pouco representa, uma vez que a moeda ianque continua gravitando na órbita de R$ 2,40, cotação que compromete sobremaneira a inflação. Autoridades não cansam de afirmar que o governo tem munição de sobra para enfrentar a alta do dólar, mas se a confiança palaciana está calcada nas reservas internacionais, a equipe econômica que se cuide, pois dependendo da extensão do estrago provocado pela moeda norte-americana US$ 300 bilhões não duram muito tempo.
Bom seria se dólares estivessem ingressando no País em forma de investimentos, o que está longe de acontecer por causa das muitas indefinições do governo em relação aos setores que, em tese, passarão às mãos da iniciativa privada. Enquanto o governo de Dilma Rousseff não sair da paralisia e investir em infraestrutura, principalmente, o Brasil continuará andando de lado. E por conta disso o estoque de mentiras oficiais aumentará de forma escandalosa.