Terra sem lei – A sensação de impunidade vem corroendo a nação ao longo dos anos. A situação piorou sobremaneira com a chegada de Luiz Inácio da Silva ao poder central, quando estreou o “faz de conta” no País. Responsável, direta ou indiretamente, por muitos dos escândalos de corrupção da recente história brasileira, Lula sempre alegou desconhecer qualquer ilegalidade.
Esse comportamento dúbio e de encomenda fez crescer a impunidade de Norte a Sul, situação que fica clara na 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, estudo produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e que tem por base informações do IBGE e do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública (Sinesp), gerido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça.
De acordo com o levantamento, o número de estupros registrados no Brasil em 2012 foi maior que o de homicídios dolosos (quando há intenção de matar). Foram 50.617 casos de estupro em 2012, o que equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Um avanço de 18,17% em relação a 2011, quando a taxa foi de 22,1 por grupo de 100 mil. O número de homicídios dolosos registrados em 2012 foi de 47.136.
Os estados da federação com maior número de casos de estupro por 100 mil habitantes em 2012 foram Roraima (52,2), Rondônia (49) e Santa Catarina (45,8). Contudo, o Fórum destaca que esses três estados estão no chamado “grupo 2” de qualidade de informação, o que significa que os tais índices podem ser ainda piores.
O estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divide os estados em quatro grupos de informação, de acordo com a confiabilidade dos dados informados. Os estados que integram o chamado “grupo 1” têm alta qualidade de informações e preencheram o Sinesp com dados adequados. Os do “grupo 2” preencheram adequadamente o Sinesp, mas não têm informações com alto grau de credibilidade.
Independentemente da qualidade das informações fornecidas pelos estados, o cenário de estupros certamente e muito pior do que a revelada no Anuário, pois muitas mulheres não denunciam os crimes por vergonha. É o caso de muitas das vítimas do pedófilo Eduardo Gaievski, que deixaram de denunciar o ex-prefeito de Realeza (PR) por causa do constrangimento. Gaievski, como se sabe, foi levado à Casa Civil pela ainda ministra Gleisi Hoffmann.