Óleo de peroba – O pedófilo Eduardo Gaievski, ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann (PT) na Casa Civil, acusado de 26 estupros de menores e outros crimes sexuais, contratou o escritório de Elias Mattar Assad, considerado o criminalista mais caro do Paraná, para defendê-lo.
Desde sua prisão, em agosto passado, Gaievski vinha exigindo do PT assistência jurídica “padrão FIFA”, ou “padrão Rose” (em referência à ex-namorada do presidente Lula que tem três escritórios de advocacia atuando na sua defesa). A primeira providência dos novos defensores de Gaievski é o pedido para que o monstro da casa Civil tenha licença para passar o Natal com a família.
Assad é um criminalista midiático, especializado em casos difíceis. Entre seus clientes está a médica Virgínia Helena Soares de Souza, de 57 anos, suspeita de acelerar a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba. A denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público (MP-PR) afirma que Virgínia teria abreviado a vida de pacientes com o objetivo de abrir novas vagas no centro médico. Ela seria responsável por pelo menos sete mortes ocorridas entre 2006 e janeiro deste ano.
Eduardo Gaievski terá sua primeira audiência no próximo dia 21. Responderá nessa audiência a perguntas sobre 38 crimes que o Ministério Público do Paraná levantou em três anos de investigações. Não entrarão nessa primeira audiência as novas denúncias que surgiram contra o pedófilo, formuladas por outras vítimas de estupros que se apresentaram após a prisão de Gaievski.
A primeira prova de fogo dos novos defensores de Gaievski será tentar convencer o juiz de que o predador sexual não representa perigo para a sociedade e pode ter sua prisão preventiva relaxada. Acontece que os fatos demonstram de forma inquestionável a periculosidade do ex-assessor de Gleisi Hoffmann. Da cadeia, em Curitiba, Gaievski orientou advogados para pressionar testemunhas que o acusavam de estupro.
Mais recentemente, seu filho, André, e o secretário de Administração da prefeitura petista de Realeza, Fernandes Borges, foram presos em flagrante subornando testemunhas para que inocentassem o pedófilo. Finalmente, os irmãos de Gaievski, Edmundo e Francisco, tiveram a prisão decretada também por envolvimento em tentativas de calar testemunhas e vítimas de estupros.