Genoino chegou à PF, na Zona Oeste da capital paulista, acompanhado da esposa, Rioco, e do advogado. Amigos do ex-presidente do PT e militantes do partido estavam em frente ao prédio da Polícia Federal e gritaram palavras de apoio, como “Viva Genoino”. O deputado correspondeu à manifestação e gritou “Viva o PT”.
Ainda na sua residência, enquanto aguardava a confirmação da expedição do mandado de prisão, José Genoino procurou consolar a filha mais velha e disse: “Fui em cana, cela fechada, sem banho de sol, torturado e estou aqui, de novo com o espírito dos anos 70”.
Aos amigos que estavam em sua casa, o ex-presidente do PT repetiu o discurso e declarou: “Na ditadura, em cinco anos eu fui preso, torturado, julgado, condenado e cumpri a pena. Agora, estou há oito anos esperando”.
É preciso destacar que é descabida a comparação feita por Genoino entre a sua prisão durante o regime militar e a decorrente do processo do Mensalão do PT. A primeira delas foi por razões ideológicas, enquanto que a determinada pelo STF se deve ao maior escândalo de corrupção da história brasileira. Insistir nas comparações mostra que a tese da vitimização deverá prevalecer por algum tempo, podendo inclusive ser utilizada nas campanhas eleitorais de 2014.
A Polícia Federal ainda não divulgou a lista oficial com os nomes dos condenados que tiveram os mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta. Certo é que poderão ser presos os seguintes réus: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Roberto Jefferson, José Borba, Jacinto Lamas, Henrique Pizzolato, Emerson Palmieri, Enivaldo Quadrado, Romeu Queiroz, Marcos Valério, Simone Vasconcelos, Kátia Rabelo, Cristiano Paz, José Roberto Salgado e Ramon Hollerbach.
