Não me toque – Uma peça da cobertura que estava sendo montada no Itaquerão, estádio da abertura da Copa do Mundo de 2014, desabou de um guindaste nesta quarta-feira (27), matou ao menos dois operários e danificou parte da arquibancada.
O acidente no futuro estádio do Corinthians aconteceu por volta do meio-dia (horário de Brasília), na Zona Leste da cidade de São Paulo. A obra já foi interrompida pela Odebrecht, responsável pela construção. O prazo dado pela FIFA para que o palco da estreia da seleção brasileira na Copa esteja pronto termina em um mês.
“A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista vem a público lamentar profundamente o acidente ocorrido há pouco na Arena Corinthians”, afirmou em nota o alvinegro paulistano.
Segundo o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL-2014), ainda não se sabe a magnitude dos danos causados pelo acidente às estruturas do estádio. Em 13 de novembro passado, a Odebrecht disse que já tinha prontos 94% das obras do estádio, que custou mais de R$ 800 milhões.
Além do primeiro jogo do Brasil no Mundial, o Itaquerão receberá outros cinco jogos do torneio – três da primeira fase, um de oitavas de final e um das semifinais.
FIFA mantém distância
Após ser informada sobre a tragédia ocorrida no Itaquerão, a FIFA procurou ao máximo passar ao largo do acidente, não sem antes garantir que tem como prioridade a segurança nas obras dos estádios do torneio. A entidade máxima do futebol global destacou que a segurança dos trabalhadores “foi sempre fundamental em todas as empresas de construção contratadas para construir os doze estádios da Copa”.
Em comunicado oficial, a FIFA informa que lamenta a morte dos trabalhadores e se diz “profundamente entristecida”. Porém, deixa claro que a investigação sobre o acidente não é de sua responsabilidade. “As autoridades locais vão investigar as razões por trás desse acidente trágico”, declarou a entidade em comunicado. A FIFA também pede “compreensão” por não dar maiores declarações, por enquanto, sobre o acidente.
“Ainda estamos esperando maiores detalhes das autoridades brasileiras”, justificou a entidade na nota em que também envia “condolências às famílias dos trabalhadores que morreram de forma trágica”.