Sem encaixe – Por conta da necessidade cada vez maior de mentir, afinal sua reeleição depende dessa lufada de mitomania, a presidente Dilma Vana Rousseff continua maquiando os dados sobre a economia brasileira. Há dias, o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, afirmou que a economia nacional caminha com as duas pernas mancas. Motivo suficiente para Dilma acionar o seu estoque de carraspanas.
Como se sabe, a presidente é quem dá a última palavra sobre assuntos econômicos, mas não há como esconder a realidade quando os números a revelam de forma cristalina. Nesta segunda-feira (16), o Boletim Focus, do Banco Central, trouxe dados desanimadores para a economia neste ano e no próximo. De acordo com os economistas das cem maiores instituições financeiras do País, a previsão do PIB para 2013 deve encerrar o período em 2,3%, contra os 2,35% previstos na semana anterior.
Para o próximo ano, os economistas consultados pelo BC também revisaram para baixo as projeções, que caiu de 2,10 para 2,01%. Índice muito aquém dos 4% previstos pelo governo como meta de crescimento da economia para 2014. É bom lembrar que nos últimos anos as autoridades econômicas do governo têm insistido em 4% como patamar mínimo de crescimento do PIB, mas nada tem se confirmado.
Esses números mostram a incompetência do governo petista de Dilma Rousseff, que ao mesmo tempo em que faz previsões otimistas em relação ao PIB afirma que a economia caminha com duas pernas mancas. A presidente pode chiar o quanto quiser, mas é sabido que a economia verde-loura está cambaleante e à beira do despenhadeiro, não apenas por culpa do cenário internacional, mas por causa, principalmente, do desgoverno que vem arruinando o País, mas se esconde atrás de campanhas publicitárias milionárias e repletas de efeitos especiais.
No final do ano passado, Dilma disse que queria “um pibão grandão em 2013” e inflação baixa. Discurso bestificado pelos embalos natalinos, mas que nem mesmo em sonho isso seria possível, como revelaram os dados da economia nos últimos meses. O grande perigo não está apenas na fala de Dilma, mas em um binômio explosivo: crescimento baixo e inflação alta. O governo trabalha com a meta de 4,5%, mas a inflação oficial sempre esteve nos últimos anos mais próxima do teto (6,5%). A situação piora quando analisada a inflação real, aquela que afronta os brasileiros no cotidiano e que já gravita na casa de 20%.
Lula passou oito anos soltando pelo mundo afora bolhas de virtuosismo que começaram a estourar recentemente, sem que Dilma saiba o que fazer para reverter a crise econômica. Fato é que a conta do governo não fecha e é importante que a sociedade fique alerta para em relação ao futuro.