Inflação em alta mostra a extensão do estrago patrocinado à economia por Lula e seus estafetas

inflacao_24Contagem regressiva – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,75% na segunda prévia de dezembro, ante 0,72% do levantamento anterior. Apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), índice mostra que quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos com destaque para o “transportes”, que saltou de 0,28% para 0,67%.

A alta do IPC-S divulgada nesta segunda-feira (16) foi provocada pelo reajuste da gasolina (de 0,61% para 2,17%), que consta do grupo “transportes” (que subiu de 0,28% para 0,67%). Contudo, a maior alta do período foi registrada no grupo “alimentação” (de 0,96% para 1,02%). As demais classes de despesas com aumentos em índices superiores aos da primeira prévia do mês são: educação, leitura e recreação (de 0,70% para 0,98%); alimentação (de 0,96% para 1,02%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,42% para 0,46%).

Nos grupos restantes os preços subiram com menos intensidade. Em habitação (de 0,80% para 0,66%); comunicação (de 0,93% para 0,48%); vestuário (de 0,83% para 0,71%) e despesas diversas (de 1,09% para 0,87%).

Os principais aumentos foram: gasolina (de 0,61% para 2,17%); aluguel residencial (de 1,01% para 1,07%); passagem aérea (de 19,20% para 18,92%); tarifa de eletricidade residencial (de 2,58% para 1,72%) e tomate (de 14,97% para 16,06%).

Tragédia anunciada

Em dezembro de 2008, o ucho.info alertou para o perigo das medidas adotada pelo então presidente Lula para incentivar o consumo, que acabou desaguando no consumismo, que como tal é irresponsável. Um dos itens destacados por este site à época foi a inadimplência, que continua assustando os mercado financeiro e os consumidores.

Em novembro último, a inadimplência cresceu em relação ao mês anterior, de acordo com pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta segunda-feira (16). O indicador registrou alta de 1,7% – o segundo aumento depois de quatro quedas seguidas.

Na avaliação dos economistas da Serasa, a sensível elevação do custo financeiro das dívidas, decorrente das seguidas altas das taxas de juro ao neste ano, pode ter provocado maior dificuldade ao consumidor na hora de honrar os seus compromissos.

Na análise por tipo de dívidas, as não bancárias – relativas a cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc. – subiram 4,6% e as bancárias cresceram. A falta de pagamento nos cheques sem fundos apresentaram queda de 8,5% e os títulos protestados tiveram variação positiva de 2,6%.

O valor médio das dívidas não bancárias registrou queda de 3,9% de janeiro a novembro de 2013, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os títulos protestados também caíram 4,2%. Já os cheques sem fundos e as dívidas com os bancos registraram alta de 8,2% e 0,9%, respectivamente.

Baião de dois

Não é de hoje que o ucho.info noticia que a alta de preços em produtos e serviços tem levado os consumidores a deixarem para trás os compromissos financeiros. Não apenas a elevação das taxas de juro, mas a alta dos preços dos alimentos, em especial, tem empurrado para cima a inadimplência.

Conjugando o movimento ascendente da inflação e a alta da inadimplência chega-se ao endividamento das famílias brasileiras, que é assustador. A população acreditou nas falsas profecias de Lula, o alcaguete e dublê de “doutor honoris causa”, e partiu para o consumo como uma boiada após o estouro da cerca. Isso se deu no vácuo de uma medida equivocada do mercado financeiro, que pressionado pelo governo federal disponibilizou crédito fácil.

Tentar reverte crises econômicas por meio do consumo interno é viável, desde que a medida seja pontual e de curto prazo. Fazer dessa estratégia a solução definitiva é o mesmo que acender um cigarro ao lado de um barril de pólvora. Cedo ou tarde a explosão há de acontecer.

Prova maior dos preocupantes índices de inadimplência foi a decisão tomada pelos consumidores em relação ao décimo terceiro salário. Pelo menos 65% dos que têm direito ao abono natalino resolveram usar o dinheiro para quitar dívidas. Os que decidiram usar o recurso para as compras de final de ano reduziram de maneira substancial o valor médio dos presentes.

O PT, que chegou ao Palácio do Planalto a bordo do discurso das múltiplas soluções, conseguiu arruinar a economia brasileira em apenas uma década. A situação é muito grave, mas os analistas não expõem a realidade porque o mercado financeiro precisa funcionar. Sob pena de acontecendo o inverso o Brasil parar de vez.

Apesar de todos os discursos contrários, não se pode fechar os olhos para uma receita que no mínimo deve ser classificada como bombástica: o crescimento da economia tem sido pífio nos últimos anos, a inflação resiste em patamares elevados, a inadimplência preocupa, o endividamento das famílias é recorde e dois terços da população recebem mensalmente menos do que dois salários mínimos. Mesmo assim, os palacianos continuam acreditando “que nunca antes na história deste país”.