Caminho de volta – A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que representa a América do Sul no Parlamento italiano, anunciou nesta quarta-feira (5) que defenderá que a Itália abra processo para extraditar para o Brasil o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Preso com passaporte falso na cidade de Maranello, região norte da Itália, o petista é o único condenado no processo do Mensalão do PT que estava foragido e era procurado em todo o planeta pela Interpol.
A parlamentar, representante sul-americana na Câmara dos Deputados da Itália, ressalta, no entanto, que a decisão sobre a extradição ou não provocará um longo debate entre as autoridades de ambos os países, até porque, agora, Pizzolato também cometeu um crime na Itália ao usar um passaporte falso.
“Como ele também cometeu um crime na Itália, precisamos num primeiro momento saber como pode se dar esse processo. Já estou em contato com autoridades italianas para verificar essa situação. Mas posso adiantar que o Brasil pode e deve pedir a extradição do condenado no Mensalão”, afirmou Renata Bueno.
Na visão da parlamentar, a dupla cidadania não deveria, neste caso, beneficiar o petista, que foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “A dupla cidadania não pode ser utilizada para proteger criminosos. É preciso evitar que esse direito dado aos descendentes italianos seja usado em favor da impunidade”, disse a deputada ítalo-brasileira.