Deu errado – No apagar as luzes de 2013, a presidente Dilma Vana Rousseff ocupou os meios de comunicação para, em mensagem de final de ano, destilar os feitos (sic) de seu governo e afirmar que 2014 seria maravilhoso. O ano já avançou em seu segundo mês e o País de Alice que Dilma et caterva anunciam nas campanhas publicitárias oficiais ainda não apareceu. Para que o leitor consiga avaliar o estrago que os petistas palacianos estão impondo ao País, a balança comercial brasileira já acumula déficit de US$ 5,7 bilhões. Somente na primeira semana de fevereiro, o déficit foi de US$ 1,7 bilhão, pior resultado semanal desde a terceira semana de abril de 2013, quando foi registrado saldo negativo de US$ 2,27 bilhões nas transações do Brasil com o mercado internacional.
O dólar continua oscilando em patamar de alta, o que deveria beneficiar o setor de exportações, mas nem isso tem ocorrido. O que mostra que o governo do PT conseguiu a proeza de arruinar a economia nacional em pouco mais de uma década, estrago que para ser reparado exigirá dos brasileiros de bem pelo menos cinquenta anos de esforços continuados. A situação é tão crítica, que nenhum economista ousado consegue explicar o que acontece no Brasil.
O déficit da balança comercial brasileira foi motivado principalmente pela importação de combustíveis. Quando, em dezembro de 2008, o então presidente Lula ocupou a rede de rádio e televisão para pedir aos incautos brasileiros para que mergulhassem de cabeça no consumismo, como estratégia para combater os efeitos colaterais da crise internacional, o ucho.info alertou para o perigo do apelo presidencial, repleto de armadilhas. Soberbos, os palacianos preferiram nos acusaram de torcer contra o Brasil. Este site não conta com bola de cristal entre seus equipamentos de trabalho, mas não é difícil prever o futuro diante de uma enxurrada de atitudes irresponsáveis.
À época, uma das muitas explicações dadas à assessoria presidencial foi sobre o perigo que representava a falta de planejamento na adoção das medidas oficiais. Afirmamos, é bom lembrar, que o governo quebraria a Petrobras por fazer disparar da noite para o dia o consumo de combustível, sem que a empresa tivesse capacidade de atender uma frota de veículos que aumentou de maneira meteórica. A saída foi obrigar a Petrobras a importar gasolina, revendendo o produto no mercado interno a preço subsidiado.
Em outra ponta da sandice palaciana está a avalanche de produtos eletroeletrônicos que tomou conta dos lares brasileiros. Sem ter como atender à demanda de energia elétrica, o governo precisou colocar em funcionamento as termelétricas, que são movidas a gás. Não bastasse uma produção de energia que começa a ser ameaçada pelo consumo em alta, as redes de transmissão há muito carecem de investimentos, mas os palacianos preferem ignorar a realidade e culpar a natureza pelos apagões.
O Banco Central, que semanalmente consulta especialistas do mercado financeiro sobre a tendência da economia, aponta um recuo do IPCA para 5,89% no ano, contra 6% da previsão anterior. Mesmo assim, a proximidade da inflação a 6% é absurda. Enquanto isso, a inflação oficial começa a se desgarrar da órbita de 20% ao ano, o que pode ser facilmente comprovado no constante aumento de preços de produtos e serviços.
No contraponto, dois fatores transformam a economia verde-loura em um barril de pólvora com pavio curto e aceso. A previsão dos analistas financeiros é que até o final de 2014 a taxa básica de juro, a Selic, deve chegar a 11,25%. O que encarece não apenas o crédito ao consumidor, mas aumenta dívida interna do Estado brasileiro. Fora isso, essa previsão confirma o que muitos já sabem: o governo continua perdendo a guerra contra a inflação.
O segundo fator que causa preocupação é a expectativa de crescimento do PIB, que na opinião dos especialistas deve fechar o ano em 1,9%. Número desanimador, porém perigoso quando conjugado com outros índices da economia. Em outro vértice está a moeda norte-americana, que deve encerrar 2014 valendo perto de R$ 2,50. Isso se o Federal Reserve (o BC norte-americano) não acelerar a redução dos incentivos à economia dos Estados Unidos. Se o Fed decidir enxugar a liquidez do mercado financeiro local, o Brasil que se prepare porque o solavanco não será pequeno.
Fosse pouco esse cenário de desacerto múltiplo na economia, os integrantes do desgoverno de Dilma Vana Rousseff discursam como se fizessem parte da árvore genealógica de Aladim, o fabuloso gênio da lâmpada maravilhosa. Situação poderia ser menos grave se o governo tivesse investido em infraestrutura, mas todas as promessas ficaram como tal. Quando muito chegaram a algum papel com o brasão da República e por lá ficaram.