Saia justa – Na manhã desta quarta-feira (21), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados se preparava para discutir a chamada “Lei da Palmada”, que proíbe pais e responsáveis legais por crianças e adolescentes de baterem nos menores, quando o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) perdeu o controle e foi grosseiro ao se dirigir à apresentadora Xuxa Meneghel, que acompanhava a sessão na condição de convidada.
Durante a sessão, o parlamentar pernambucano criticou de forma dura a presença da apresentadora global na comissão. Eurico disse que, “em 1982, ela cometeu a maior agressão contra crianças”, em referência à participação de Xuxa no filme “Amor, Estranho Amor”.
Xuxa não respondeu às críticas do deputado, pois na Comissão apenas os parlamentares têm direito à palavra. A apresentadora limitou-se a sorrir por fim usou as mãos para fazer um sinal de coração.
Duramente criticado por colegas parlamentares, o Pastor Eurico foi simultaneamente vaiado e aplaudido pelos que acompanhavam a sessão. O desconforto levou alguns deputados a usarem o microfone para defender Xuxa Meneghel.
Como mencionado no início da matéria, o deputado-pastor foi duro e grosseiro ao criticar a chamada “Rainha dos Baixinhos”, mas é preciso destacar que o parlamentar não faltou com a verdade.
Há exatos dois anos, em 22 de maio de 2012, o ucho.info publicou matéria sobre a participação de Xuxa no tal filme e afirmou que o assunto poderia, em algum momento, acabar em uma CPI no Congresso Nacional. O tema incomoda de tal forma a apresentadora, que seus advogados brigam na Justiça há anos para tentar proibir a veiculação de fotos do filme.
Outro lado da moeda
O mais interessante na epopeia desta quarta-feira é que Xuxa compareceu à CCJ acompanhada da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, a petista Ideli Salvatti.
Exigir coerência da classe política é tarefa impossível, mas Ideli Salvatti deveria poderia ter atuado para amenizar o clima de tensão que se instalou na CCJ, pois por questão muito menos polêmica a ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a petista capixaba Iriny Lopes, provocou um reboliço monumental por causa de uma campanha publicitária em que a modelo Gisele Bündchen aparecia usando lingerie, sugerindo que essa é a “melhor maneira” de dar más notícias ao marido. (Clique e confira matéria do site)
Iriny, sempre radical, alegou, em outubro de 2011, que a campanha “induz à questão da mulher-objeto” e é “é pejorativa à mulher”. Ou seja, para os petistas, dependendo da situação, a pedofilia é permitida, enquanto a insinuação de uma modelo usando lingerie é proibida. Eis o PT!
Confira abaixo entrevista em que Xuxa diz ao apresentador Amaury Jr. não se arrepender de ter participado do filme “Amor Estranho Amor”