Marca do pênalti – Desde a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo, em 30 de outubro de 2007, o PT atua para auferir dividendos eleitorais com competição e assim garantir a continuidade do partido no poder. Essa é a opinião dos que conhecem a política nacional, tese ratificada pelo líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno, para quem a presidente Dilma Rousseff “politizou a Copa” pela má gestão das obras de estádios e de mobilidade urbana, com fortes indícios de superfaturamento e corrupção.
“O PT tira vantagem política da Copa aparelhando cargos estratégicos na estrutura do mundial para fazer negócios escusos e também para garantir a sua permanência no poder por mais quatro anos”, acusou Bueno, ao questionar os gastos públicos para a realização do evento esportivo no Brasil.
O parlamentar lembrou que as obras da Copa só começaram de forma atropelada em 2011, quatro anos depois da escolha do país para ser sede do mundial. “A falta de planejamento desse governo e o oportunismo eleitoral fez com os estádios, que eram para custar 2 bilhões de reais atingisse o custo de 8 bilhões de reais”, disse.
“O volume total de recursos para a Copa estava estimado em 8 bilhões de reais e ultrapassaram os 30 bilhões de reais com muitas obras que ainda não saíram do papel e uma que pela péssima qualidade precisou ser demolida e causou duas mortes”, lamentou o líder do PPS, citando o exemplo de má gestão e falta de fiscalização no viaduto que caiu em Belo Horizonte, obra que fazia parte do plano de mobilidade urbana para o evento.
“Os gastos com a Copa certamente serão investigados em profundidade pela oposição após seu encerramento, enquanto a presidente Dilma estiver nos palanques se vangloriando de ter realizado a ‘Copa das Copas’ a um custo que a sociedade brasileira saberá julgar nas urnas em outubro”, disse Bueno.
Segundo o líder do PPS, o legado que o mundial de futebol deixa é a conscientização da sociedade em relação à qualidade das obras públicas e a constante necessidade de fiscalização dos gastos públicos. “A própria presidente Dilma politizou a Copa. Isso ficou evidente nas manifestações de junho do ano passado, quando a população saiu às ruas por não concordar com a gastança excessiva e a exigência do ‘padrão FIFA’ para os estádios. Esse, talvez, seja o grande legado da Copa”, disse Rubens Bueno.