Munição de sobra – A troca de acusações entre os candidatos ao Palácio do Planalto deve esquentar a partir de agora, especialmente porque os temas políticos voltaram à cena com o fim da Copa do Mundo. Ao participar de sabatina promovida por quatro veículos de comunicação (Folha de S. Paulo, UOL, SBT e Jovem Pan), o ex-governador de Pernambuco e presidenciável do PSB, Eduardo Campos, revelou o tom da sua e disparou contra Dilma Rousseff. “É a primeira que entrega o país pior do que recebeu”, afirmou Campos.
“Ela não teve capacidade política de entender a importância histórica dela nesse momento. Que era de preservar as conquistas sociais alcançadas pelo país. E ela que se dizia a gerente, a desenvolvimentista, vai entregar o menor crescimento. Disse que iria reduzir os juros e entrega os juros altos”, declarou o candidato do PSB.
“Sinceramente, ela vai ficar reconhecida por entregar o país pior do que recebeu. Itamar Franco entregou melhor, Fernando Henrique Cardoso e Lula também”, completou.
Não se pode tirar a razão de Eduardo Campos, mas é preciso lembrar que o PSB até recentemente integrava o desgoverno de Dilma Rousseff, o que em tese deveria impedi-lo de fazer críticas dessa natureza. Campos frisou que não é um crítico de ocasião, mas suas declarações são no mínimo oportunistas. Depois de mais de três anos no governo do PT não soa bem esse tipo de crítica.
Ao mesmo tempo em que centrou sua verborragia na direção de Dilma, o ex-governador pernambucano abusou da diplomacia ao defender o PT de Lula e o PSDB de Fernando Henrique Cardoso. Essa manobra discursiva tem por objetivo atrair os eleitores indecisos, que ainda buscam um nome em quem votar na eleição presidencial de outubro próximo.
Apesar das críticas direcionadas de Eduardo Campos, é importante destacar que o PT conseguiu arruinar a economia brasileira ao longo de uma década, a ponto de o País estar avançando no caminho de uma crise grave e preocupante, sem perspectivas de melhoras no curto prazo, caso persistam as medidas tomadas pelo governo federal, que desde janeiro de 2011 não acertou a mão em relação à condução da economia.
A incursão petista na economia nacional foi tão atabalhoada, que a saída encontrada pelo Palácio do Planalto para dourar a pílula foi reinventar a classe média, como forma de evitar uma revolta popular por conta do endividamento recorde das famílias e os elevados índices de inadimplência.