Golpe covarde – Quando o assunto é jogo sujo e rasteiro em disputas eleitorais, Lula assume o comando da operação sem qualquer dose de constrangimento. Postura que marcou presença nos oito anos em que o ex-metalúrgico, agora dublê de lobista, esteve no Palácio do Planalto.
Por conta dos elevados índices de rejeição (35%), registrados nas recentes pesquisas eleitorais, Dilma Rousseff preferiu adiar o início da campanha pela reeleição. Isso porque a presidente aguarda a tropa de choque, comandada por Lula, colocar em cena o cipoal de maldades contra o tucano Aécio Neves, seu principal adversário na corrida presidencial. A ideia de atacar Aécio para fazer crescer seu índice de rejeição (atualmente em 17%) partiu de Lula, que já acionou a sua catapulta de maldades e inverdades.
A primeira incursão foi a polêmica criada em torno do aeródromo construído na cidade mineira de Cláudio, em área que pertenceu a um familiar de Aécio e foi devidamente desapropriada pelo governo de Minas Gerais. O assunto já mereceu as devidas explicações por parte de Aécio e da Justiça mineira, mas o PT deverá explorar o tema por mais algum tempo.
Lula, conhecendo as entranhas do partido, sabe quem acionar quando surge a necessidade de jogar covardemente contra os adversários. Os demais concorrentes do palácio do Planalto devem estar atentos, pois parte desse serviço imundo passará pelo sistema prisional do Distrito Federal, onde alguns dos mensaleiros condenados à prisão cumprem pena.
Pelo menos um dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 é especialista no assunto. Homem de confiança de Lula e um dos operadores do Mensalão do PT, o maior e mais ousado escândalo de corrupção da história nacional, o tal “companheiro” conta com a ajuda de um assessor que tornou-se conhecido no submundo da política por esse tipo de atuação.
O cidadão já se envolveu em escândalos de corrupção, teve a prisão requerida pela Justiça e permaneceu longos meses foragido, mas, mesmo assim, foi contratado a peso de ouro para assessorar um dos mensaleiros, com a incumbência de, inclusive, atualizar o sítio eletrônico do contratante. Há apenas uma forma de conter essa operação por esse caminho sinuoso. O antídoto é conhecido por poucos e está guardado a sete chaves. Basta abrir a caixa de Pandora e neutralizar a peçonha do pulha que atacou covardemente José Serra na campanha de 2010.
