Face lenhosa – Na tarde desta segunda-feira (28), a presidente Dilma Vana Rousseff, que concorre à reeleição, participou da sabatina promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, provedor UOL, rádio Jovem Pan e SBT. Para não enfrentar vaias, Dilma exigiu que a sabatina fosse realizada no Palácio do Planalto, ao contrário do que aconteceu com os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que foram sabatinados no Teatro Folha, em São Paulo, eventos abertos ao público.
Dilma, que conseguiu dar continuidade à onda de mitomania inaugurada por Lula, abusou das mentiras ao responder às perguntas dos seus sabatinadores. Questionada sobre a volta da inflação, a petista disse que não existiu qualquer erro por parte do governo no combate à inflação, que há muito não descola do teto da meta (6,5%). Na tentativa de escapar da resposta, Dilma afirmou que o sistema de metas de inflação foi estabelecido em 1999, portanto no governo de Fernando Henrique Cardoso, a quem Lula e a presidente sempre se agarram para tentar justificar os erros da era petista.
Ousada, Dilma chegou a dizer que o governo do PT agiu de forma a evitar que o povo pagasse a conta da crise, que continua sendo reflexo da situação internacional. A presidente mais uma vez provou que mora em outro país, pois no Brasil os cidadãos continuam pagando caro pela irresponsabilidade de um governo paralisado e recheado de incompetentes. A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), continua lambendo o teto da meta, enquanto que a oficial, aquela enfrentada no dia a dia pelos brasileiros já deixou para trás o patamar de 20% ao ano.
A tentativa de novamente culpar a crise internacional pelo grave desarranjo na economia brasileira mostra o desespero de Dilma e seus estafetas de luxo, pois é sabido que o Brasil só enfrenta tal situação porque nos últimos onze anos e meio o PT errou seguidamente na condução da política econômica. Para que o leitor tenha ideia da extensão do fiasco, a economista Dilma, desde que chegou ao principal gabinete palaciano, adotou mais de duas dúzias de medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse produzido algum resultado.
Em relação à crise internacional, vale destacar que Lula, que apresentou Dilma ao eleitorado verde-louro como a “gerentona” capaz de dar continuidade às conquistas (sic) da era petista, zombou da economia norte-americana, não sem antes posar como um misto de Aladim tropical e Messias de lupanar. “O Brasil, se tiver que passar por aperto, será muito pequeno”, disse Lula em 29 de setembro de 2008. Menos de uma semana depois, o falso profeta voltou á carga e disparou: “Lá (nos Estados Unidos), ela é um tsunami; aqui, se ela chegar, vai chegar uma marolinha que não dá nem para esquiar”.
Na sabatina desta segunda-feira, Dilma disse que está difícil para o Brasil sair da crise, que não mais tem a ver com o cenário internacional, desculpa que o governo arrumou para justificar a incompetência que o devora. Apenas para lembrar, o apedeuta Lula abusou da bazófia quando afirmou, em 27 de março de 2009, quando a crise já varria dezenas de economia ao redor do planeta: “A crise foi causada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis, que antes pareciam saber de tudo, e, agora, demonstram não saber de nada”.