Falso profeta e boquirroto oportunista, Lula tenta pegar carona na morte de Eduardo Campos

lula_360Face lenhosa – Ele chorou sobre o caixão de Celso Daniel, desmanchou-se em lágrimas diante do esquife de Roberto Marinho. Disse que a mãe nasceu analfabeta, garantiu que agiria de implacável no combate à corrupção. Assim age e comporta-se o farsante e lobista Luiz Inácio da Silva, que arruinou a economia brasileira no rastro de sua sanha pelo poder. E não causou surpresa o fato de Lula mais uma vez aproveitar um momento específico para trazer à cena a sua desprezível figura.

Responsável pelo período mais corrupto da história nacional, Lula pegou carona na trágica e prematura morte de Eduardo Campos para tecer elogios a alguém que ele atacou, a partir dos subterrâneos, de forma criminosa e torpe. Disse o apedeuta que “o Brasil perdeu um homem público de rara e extraordinária qualidade”. Não obstante, Lula referiu-se ao ex-governador de Pernambuco como “grande amigo e companheiro”.

Enquanto a grande imprensa busca decifrar as causas do acidente muito antes dos peritos, que podem levar até um ano para concluir o trabalho de investigação, o ucho.info trata de defender a honra e a dignidade de uma família que precisa estar a salvo da peçonha de políticos bandoleiros e oportunistas. É preciso respeitar uma mãe que jamais compreenderá a estrada sinuosa do destino, uma esposa que não tinha no próprio script o fim abrupto de uma parceria de sucesso, os filhos que perderam um dos mais importantes esteios da vida, a avó que não mais suporta a dor recorrente das surpresas desagradáveis.

Por conta disso reforçamos as nossas críticas, sempre duras e implacáveis, na direção de Lula, que não sabe o seu lugar e muito menos se contenta com a própria insignificância como ser humano, apesar da sua questionável importância como político. O ex-metalúrgico pode até convencer a sua claque e a parcela incauta da população, mas a parte pensante da sociedade não há de ser fisgada pelo visgo peçonhento do “doutor honoris causa”.

Por ainda vivermos em um regime democrático, mesmo que teórico, Lula Téo o sagrado direito de externar o seu pensamento, mesmo que permanentemente obtuso, mas quem acompanha o cotidiano da política nacional conhece a essência desse que foi e sempre será o Ali Babá da Botocúndia. Afinal, Lula, ao longo da última década, tomou conta dos muitos ladrões que frequentaram a sua corte.

Sobre Eduardo Campos o ex-presidente não deveria proferir qualquer comentário, nem que elogiosos sejam, pois não se pode esquecer que na condição de presidente de honra ele deveria ter impedido que o partido atacasse de forma vil o seu “companheiro e amigo”, um “homem de rara e extraordinária qualidade”. Em 7 de janeiro deste ano, o Partido dos Trabalhadores, presidido honrosamente (sic) por Lula, publicou em sua página um texto recheado com ataques a Eduardo Campos, que foi chamado pela cúpula petista de “playboy mimado” e “tolo”.

No texto emoldurado pelo título bisonho “A Balada de Eduardo Campos”, o ex-governador de Pernambuco é alvo da ira da cúpula petista, que dispara: “Beneficiário singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado. Estimulado pelos cães de guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe, sem compostura política”.

Passadas algumas horas do anúncio da morte de Eduardo Campos, o PT, começando por seu desonrado presidente de honra, percebe que Campos não apenas passava longe da seara da tolice, mas era respeitado pelos brasileiros que sonham com a mudança, ou seja, com o fim do banditismo político que se instalou no poder central e lá tem ziguezagueado nos últimos onze anos e meio.

Como se não bastasse, os petistas, em ataque sórdido e covarde, chamaram à baila o finado Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos. Na página que mantém na rede social Facebook, o PT afirma que Arraes “faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto”.

Ora, se Lula consegue impor candidatos ao partido e fincar seus postes políticos aqui e acolá, por certo tinha cacife suficiente para exigir que a legenda retirasse do ar um artigo chulo e canhestro, repleto de acusações e ilações maldosas envolvendo seu “grande amigo e companheiro”. A postura silenciosa diante do texto mostrou mais uma vez ao planeta quem é essa figura desqualificada que muitos insistem em elevar ao Olimpo da política verde-loura, como se fosse a derradeira salvação do universo.

O ucho.info não está a dizer que Eduardo Campos foi honesto ou desonesto como homem público, mas a exigir coerência dessas carpideiras que começam a surgir no velório do ex-presidenciável do PSB.

Confira abaixo a íntegra do artigo publicado no site do Partido dos Trabalhadores

“A BALADA DE EDUARDO CAMPOS

Por um momento, desses que enchem os incautos de certezas, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, achou que era, enfim, o escolhido.

Beneficiário singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado.

Estimulado pelos cães de guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe, sem compostura política.
O velho Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto.

E não se trata sequer da questão ideológica, já que a travessia da esquerda para a direita é uma espécie de doença infantil entre certa categoria de políticos brasileiros, um sarampo do oportunismo nacional. Não é isso.

Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante – a de ser presidente da República –, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.

Acreditou na mesma mídia que, até então, o tratava como um playboy mimado pelo “lulo-petismo”, essa expressão também infantilóide criada sob encomenda nas redações da imprensa brasileira.
Em meio ao entusiasmo, Campos foi levado a colocar dentro de seu ninho pernambucano o ovo da serpente chamado Marina Silva, este fenômeno da política nacional que, curiosamente, despreza a política fazendo o que de pior se faz em política: praticando o adesismo puro e simples.

Vaidosa e certa, como Campos, de que é a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste mídia reacionária que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela.

Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendia pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu.

Eduardo Campos é o resultado de uma série de medidas que incluem a disposição de Lula em levar para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela, depois de uma luta de mais de 50 anos. Sem falar nas obras da transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Ou do Estaleiro Atlântico Sul, fonte de empregos e prestígio que Campos usou tão bem em suas estratégias eleitorais

Pernambuco recebeu 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora.

O estado também ganhou sete escolas técnicas federais, além de cinco campi da Universidade Federal Rural construídos para melhorar a vida do estudante do interior.

Eduardo Campos cresceu, politicamente, graças à expansão de programas como Projovem, Samu, Bolsa Família, Luz para Todos, Enem, ProUni e Sisu. Sem falar no Pronasci, que contribuiu para a diminuição da criminalidade no estado, por muito tempo um dos mais violentos do País.

Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo.
Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secretário de Segurança Pública, Wilson Damázio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Polícia Militar, assim agiam por não resistirem ao charme da farda.

“Quem conhece Damázio, sabe que ele não tem esses valores”, lamentou Eduardo Campos.

Quem achava que conhecia o governador do PSB, ao que tudo indica, ainda vai ter muito o que lamentar.”

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