Mínimos detalhes – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) reforçou, nesta terça-feira (19), a necessidade de a CPMI da Petrobras quebrar os sigilos de empreiteiras que tiveram contratos com a Petrobras intermediados pelo doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal desde março passado por comandar esquema de corrupção envolvendo empresas, políticos e servidores públicos.
De acordo com reportagem do jornal “Estado de S. Paulo” publicada na segunda-feira (18), baseada nas investigações da PF, dos 750 projetos de grandes construtoras e órgãos públicos, de fevereiro de 2009 e maio de 2012, intermediados por Yousseff, pelo menos dezessete foram firmados com a Petrobras.
“Essa reportagem reforça o que nós vínhamos defendendo há algum tempo. Se não quebrar os sigilos destas empreiteiras , a CPMI não chegará a lugar algum”, defendeu o parlamentar, que é autor de requerimentos de quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal de empresas supostamente envolvidas com o esquema de Yousseff.
De acordo com o Estadão, o doleiro deve ter recebido de comissão por essas negociatas R$ 160 milhões. Rubens Bueno reclamou que a comissão mista só tenha até agora quebrado os sigilos das empresas-fantasmas constituídas por Alberto Yousseff para servir de dutos onde escorria a dinheirama da corrupção.
“Se queremos desvendar todas as teias desse megaesquema criminoso, essas empreiteiras não podem ser poupadas das investigações da CPMI”, reforçou o parlamentar.