Calça curta – Ciente de que uma derrota das urnas de outubro próximo pode causar uma hecatombe no partido, especialmente porque escândalos de corrupção serão revelados, o PT não tem se incomodado em turbinar a catapulta de mitomania que funciona a partir do Palácio do Planalto. Afinal, o desgoverno de Dilma Rousseff, que arruinou a economia brasileira, e a ameaça em que transformou Marina Silva, presidenciável do PSB, têm empurrado os “companheiros” à seara das mentiras.
Na última segunda-feira (1), no debate entre presidenciáveis promovido pelo SBT, Folha, UOL e Jovem Pan, a presidente Dilma Rousseff abusou da insensatez ao afirmar que a crise é uma questão pontual, que a inflação está próxima de zero e que o Brasil não está em recessão, mesmo que técnica.
Nesta quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter em 11% ao ano a taxa básica de juro, a Selic. Pela terceira vez seguida o Copom manteve a taxa Selic, que continua no maior patamar desde o final de 2011.
A decisão de manter a Selic atual era esperada pela maior parte dos analistas e economistas do mercado financeiro, que apostam que a taxa deve continuar nesse patamar até março do próximo ano, quando o BC, estima-se, deve elevar a taxa para 11,5% ao ano.
Ao final da reunião do Copom, o Banco Central divulgou o seguinte e breve comunicado: “Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,00% a.a., sem viés”.
Tomando por base o comunicado anterior, o Copom, neste informe, retirou a expressão “neste momento”, que precedia a manutenção da Selic. Ou seja, o BC aposta em resistência da inflação, ao contrário das mentiras de campanha de Dilma Rousseff.
Inflação, recessão e mitomania
A taxa básica de juro da economia brasileira foi mantida em 11% ao ano, índice considerado alto para um país em crise, mesmo com o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro (-0,2%) e segundo (0,6%) trimestres deste ano, cenário que os economistas enxergam, com o devido acerto, como “recessão técnica”.
Dilma e seus estafetas palacianos podem dizer e pensar qualquer coisa, até porque o Brasil ainda é uma democracia, que garante a livre manifestação do pensamento, mas é irresponsabilidade política enganar a parcela incauta da opinião pública de forma tão amadora e infantil, quando a realidade dos fatos se faz presente no cotidiano de cada cidadão, que já convive com o assustador quadro em que o salário acaba e o mês continua.
Para os que acompanham com atenção e persistência o desenrolar da economia verde-loura, que vem destilando números tão preocupantes quanto desanimadores, o discurso embusteiro de Dilma sobre a crise é suicídio político. Enfim, como profetizou certa feita um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.