Tudo errado – Candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha tem afirmado em seus programas de campanha que, quando ministro da Saúde, liberou R$ 500 milhões para estados e prefeituras de todo o País para ajudar no combate ao uso de drogas.
Candidato imposto por Lula para tentar despejar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes, Padilha não se avexa ao dizer que o melhor exemplo dessa ação do ministério pode ser conferido na região conhecida como “Cracolândia”, no centro da cidade de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad implantou o programa “De Braços Abertos”.
Alexandre Padilha é tão sincero ao mostrar sua incompetência, que chega a não perceber o desvario de suas declarações. O petista afirma no programa de campanha que na “Cracolândia” os roubos e furtos diminuíram, assunto que não deveria estar no escopo do programa do Ministério da Saúde. Na verdade, os crimes classificados como menores (roubos e furtos) recuaram porque os usuários de crack agora são abastecidos com dinheiro pela prefeitura paulistana, por meio de um trabalho de quatro horas diárias de varrição de rua. Fora isso, os dependentes químicos moram em edifícios da região alugados pela municipalidade. Ou seja, têm dinheiro para comprar drogas e lugar seguro para consumi-las.
Se esse resultado é passível de comemoração, como afirma Padilha, alguém precisa explicar o que vem a ser utopia, porque não se pode afirmar que o País está diante de um “case” de sucesso no combate ao uso de drogas. Afinal, Fernando Haddad se irrita quando a Polícia Civil paulista age na “Cracolândia” para prender traficantes, pois um servidor da prefeitura está entre os comerciantes de drogas.
Para provar que o programa implantado por Haddad não funciona, na tarde desta quinta-feira (18) policiais militares precisaram usar bombas de gás lacrimogênio para dispersar os viciados que tentaram impedir uma limpeza feita por funcionários da própria prefeitura. O tumulto começou depois que os dependentes químicos, que moram nas ruas, acusarem os servidores de jogar seus pertences no lixo.
Como tem afirmado com insistência o ucho.info, o tráfico de drogas, que vem devastando a juventude brasileira , só perderá força se o governo federal passar a combater a entrada de entorpecentes no país através da chamada fronteira seca, onde também acontece, à luz do dia, o contrabando de armas que acabam nas mãos das principais facções criminosas que atuam no território nacional. O combate ao tráfico de drogas nas fronteiras por parte do governo federal é quase inócuo, pois alguns integrantes do malfadado Foro de São Paulo, como a Bolívia e as FARC, dependem desse tipo de negócio criminoso.