Face lenhosa – Quem a presidente Dilma Rousseff quer enganar com seu discurso embusteiro de combate à corrupção? Depois de quase quatro anos no poder, possivelmente o período mais corrupto da história nacional, e de ser responsável por muitos dos principais escândalos de corrupção na Petrobras, Dilma, que busca a reeleição, tenta ludibriar o eleitorado.
No rastro da demorada intolerância do brasileiro em relação à corrupção, a candidata petista vem apostando no combate ao mais nocivo cancro social. Há dias, em um de seus enfadonhos e mentirosos programas de campanha, Dilma disse que, se reeleita, patrocinará um combate ainda mais duro à corrupção, que a petista chamou de “serpente de sete cabeças”. É importante lembrar que a presidente-candidata jamais moveu um dedo, ao longo do seu mandato, para combater a corrupção. Tanto é assim, que a maioria esmagadora que cultiva no Congresso Nacional só é possível por causa da corrupção, que se dá pelo loteamento criminoso da Esplanada dos Ministérios.
Antes de chegar ao principal gabinete do Palácio do Planalto, ame janeiro de 2011, Dilma foi conivente com uma desastrosa onda de corrupção comandada por seu antecessor, Lula, que teve como ponto alto o malfadado Mensalão do PT, cujo julgamento transferiu parte da cúpula da legenda para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Os escândalos de corrupção que nos últimos anos derreteram os cofres da Petrobras contaram com a conivência de Dilma, que agora, na reta final da eleição, tenta surgir em cena como lobo em pele de cordeiro.
Para enganar ainda mais a parcela desavisada do eleitorado, Dilma anunciou o lançamento de um pacote de combate á corrupção, sendo que as principais medidas já tramitam no Congresso Nacional há algum tempo. A desfaçatez de Dilma e sua trupe é tamanha, que há dias, em um dos programas eleitorais da candidata petista, um ator diz que no governo Dilma o uso de caixa 2 será considerado crime. Vale destacar que caixa 2 é crime e não é preciso que Dilma faça promessas esdrúxulas, bastando apenas que a legislação vigente seja cumprida à risca. Aliás, muitas candidaturas, inclusive de petistas, são verdadeiros desfiladeiros de dinheiro sem procedência.
Um dos bons (sic) exemplos de caixa 2 de campanha é o “companheiro” Lula, que em 2002 pagou o marqueteiro Duda Mendonça através depósitos bancários em favor da offshore “Düsseldorf”. Outro petista flagrado com a mão no caixa 2 foi Aloizio Mercadante, atual ministro-chefe da Casa Civil, que durante a CPMI dos Correios, em 2005, foi desmascarado pelo marqueteiro Duda Mendonça em relação aos gastos de sua campanha rumo ao Senado Federal. Depois de torpedear o marqueteiro com perguntas constrangedoras, Aloizio foi obrigado a mudar o discurso e revisar para cima a dinheirama despejada na campanha que o transformou no senador paulista da história.
Por viver em uma democracia, mesmo que teórica, Dilma pode externar livremente o seu pensamento, pois assim determinam os artigos 5º (inciso IV) e 220º da Constituição Federal, mas não se pode desconsiderar o fato de que a política e o caixa 2 mantêm uma fraternidade siamesa. Portanto, Dilma que reveja o seu discurso oportunista e matreiro, pois em 2010, em sua primeira caminhada à Presidência da República, até o doleiro Alberto Youssef fez um depósito de R$ 2 milhões na conta da campanha petista.