Pressão total – É cada vez mais inquestionável a necessidade de instalação de nova CPI para investigar a avalanche de corrupção que alcançou a Petrobras sob o manto bandoleiro do Partido dos Trabalhadores. Isso porque os tentáculos da organização criminosa foram muito além do que até agora descobriram as autoridades envolvidas nas investigações da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014.
Assim também pensa o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), que reforçou sua crença após o vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, preso na Operação Juízo Final, sétima etapa da Operação Lava Jato, ter declarado à Justiça que os desvios ocorridos na petroleira serviam para alimentar o esquema montado pelo PT para comprar o apoio da base aliada no Congresso Nacional e abastecer fundos eleitorais.
Rubens Bueno destacou também, nesta sexta-feira (23), que a quebra do sigilo do ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva, do seu irmão e da empresa JD Assessoria demonstra que a vastidão da sujeira é muito maior do que muitos imaginavam.
O parlamentar afirmou que o PPS continuará lutando pela criação de uma nova comissão de investigação sobre o escândalo. Na opinião do deputado paranaense, a questão está longe de ser esgotada. “Continuaremos com a mesma determinação para a criação de uma nova CPI para investigar a roubalheira instalada na Petrobras. Ainda não conhecemos a verdadeira profundidade da corrupção que foi instalada na estatal por essa organização criminosa. Todos os dias surgem novos fatos e novas suspeitas. A revelação desse empresário corrobora com tudo aquilo que nós, da oposição, falamos e mostra que ainda existe muita coisa por vir”, disse.
Ele ressaltou que a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-ministro José Dirceu, dentro da operação Lava Jato, que apontou recebimento de quase R$ 4 milhões de três empreiteiras envolvidas em esquema de corrupção na estatal brasileira, levanta muitas suspeitas.
“Novamente a figura de maior destaque do PT no governo Lula, José Dirceu, condenado pelo Mensalão, volta a ser investigado por suspeitas de envolvimento nesse gigantesco esquema de corrupção. O Congresso Nacional tem a obrigação de dar respostas contundentes para a sociedade e nós iremos fazer de tudo para que isso ocorra”, defendeu o parlamentar.
Assunto velho e conhecido
As alegações de Almada não são novidade para os leitores do UCHO.INFO, que em 2005, logo depois da eclosão do escândalo do Mensalão do PT, afirmou que o Palácio do Planalto, à época sob o comando de Luiz Inácio da Silva e do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, colocaram em marcha um esquema de corrupção alternativo para continuar abastecendo financeiramente os partidos da chamada base aliada. Um dos mentores desse esquema criminoso foi o ex-deputado federal José Janene (PP-PR), já falecido, que à época tinha como operador do caixa o doleiro Alberto Youssef, seu compadre e “irmão-camarada”.
Com a morte de Janene, que tinha alguns “apaniguados” na Petrobras, o doleiro da Lava-Jato assumiu o comando dos negócios imundos, dando mais vulto à ação criminosa que corroeu os cofres da estatal petrolífera e ultrapassou as fronteiras do País.
Durante anos a fio, muitos veículos da grande imprensa brasileira, sempre atrás do UCHO.INFO, acusaram o editor do site de sofrer de esquizofrenia, apenas porque fazia denúncias inéditas e que desde março de 2014 têm sido confirmadas na esteira da Operação Lava-Jato.
No início de 2009, o editor, juntamente com o empresário Hermes Magnus, levou ao Ministério Público Federal um cipoal de denúncias acerca do carrossel de corrupção que foi colocado em funcionamento para alimentar o jeito bandoleiro de governar do PT palaciano.
As ameaças e pressões crescem na medida em que avançam as investigações da Lava-Jato, mas resistir a tudo e a todos é – e continuará sendo – a nossa melhor escolha. O compromisso maior do site, assim como de cada integrante da equipe, é com o Brasil e com os brasileiros de bem, por isso não abrimos mão do direito de exercer o jornalismo de forma responsável e com base na verdade e na coerência. Até porque, no UCHO.INFO não se faz jornalismo de encomenda, não se tergiversa, independentemente de quem esteja do outro lado. Que venham os descontentes com suas armas, pois nossa resposta será a de sempre: o direito de informar.