(*) Amílcar Cabral Neto –
Sempre me pergunto até onde vai nossa importância como ser pensante. Nossa opinião pode mesmo mudar um universo que acreditamos ser infinito?
Neste último fim de semana fui a um festival de música que ocorre todo ano em São Paulo, o Lollapalooza. Nele aconteceram duas coisas que me levaram a escrever este artigo.
A primeira é que um DJ internacionalmente famoso, o Skrillex, cumprimentou, se assim posso dizer, um amigo durante o show. Até agora meu amigo está extasiado com a situação. A outra, que também ocorreu no show do DJ, é que eu esbarrei e conversei rapidamente com o vocalista de uma banda de rock nacional que eu gosto muito. Não consigo esquecer aqueles 50 ou 60 segundos.
O que realmente não sai da minha cabeça é o fato de que esses acontecimentos vão ficar marcados pra sempre em nós. Porém, talvez, esses artistas nem lembrem mais de nossos rostos.
Todos temos 365 dias por ano para fazermos nossa história, construirmos um legado. E, em meio a uma população que muitas vezes se demonstra uniforme e sem nenhuma renovação, se sobressai aquele que tem alguma característica peculiar ou se demonstra capaz de mudar. Como diz o ditado,“em terra de cego quem tem um olho é rei!”
Somos anônimos! Mas somos heróis anônimos. O mundo só é o que é devido a nós. Querendo ou não, mesmo no anonimato, servimos de inspiração para outras pessoas. É como um ciclo.
O que Einstein, Marx, Cazuza e o sr. João, o padeiro que trabalhava aqui perto de casa e morreu semana passada, têm em comum? Eles viveram por um propósito, deixaram histórias e alteraram o curso da humanidade, mesmo que indiretamente.
A diferença entre o famoso e o anônimo é o poder da influência, e a abrangência desse “poder”. É esse poder que eu quero ter: influenciador de boas causas. Afinal, como vi em algum filme por ai, “a felicidade só é real se for compartilhada”.
Então, é isso.
(*) Amílcar Cabral Neto, 15 anos, natural de Belém e paulistano por adoção, é estudante.