Quem tem, sabe – Entre os sintomas da enxaqueca estão a dor latejante de um lado da cabeça, podendo ser dos dois, de moderada a forte intensidade; incômodo com a luz e o barulho; e o enjoo.
Também podem ocorrer alterações na vista como pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises de dor.
As causas podem ser muitas. Abaixo citamos as mais importantes:
Preocupações excessivas
Ansiedade, tensão, estresse, preocupações excessivas, antecipação de fatos do futuro negativos, ameaçadores. Quando se antecipa uma tragédia do futuro (que normalmente não acontecem) aquele acontecimento passa a acontecer e é percebido como real para o organismo, o cérebro, então ele dispara seus sistemas de defesa, como o sistema de dor, desta forma começam muitas crises de enxaqueca.
Ficar sem comer
O jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça, o ficar sem comer pode gerar uma baixa no açúcar do sangue, com a produção de substâncias que causam dor. O segredo é comer algo a cada 3 ou 4 horas, e também não exagerar na comida quando passar longo tempo em jejum.
Dormir mal
Bom sono é uma condição fundamental para o bem-estar de uma maneira geral, e também para o equilíbrio das enxaquecas e outras dores de cabeça. Dormir pouco, dormir muito, demorar para pegar no sono, acordar no meio da noite, roncar e ter sonolência de dia, ir dormir e acordar muito tarde são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça.
Ciclo hormonal
A temida TPM carrega consigo crises de cefaleia, as enxaquecas na mulher tendem a ser mais concentradas no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos, reposição hormonal, podem ser fatores por trás de agravamentos de enxaquecas, mas por outro lado, quando os hormônios se equilibram, quer seja na gravidez (quando a placenta produz níveis contínuos de hormônios), na menopausa, ou com a prescrição de anticoncepcionais contínuos, as crises tendem a amenizar.
Irritação e alterações do humor
A irritabilidade aparece normalmente junto como uma crise de enxaqueca, mas também pode ser um motivo gerador de novas dores. Altos e baixos no humor, pavio curto, passar muito raiva (guardando ou explodindo, tanto faz), impaciência, irritação são combinações explosivas para desencadear uma enxaqueca. Tudo o que for feito no sentido de relaxar, acalmar, treinar a paciência é útil.
Excesso de cafeína
Tomar muito café, bebidas cafeinadas (Coca-Cola, chás pretos, etc.), chocolates, e até mesmo analgésicos que contenham cafeína são provocadores de enxaqueca. A conta que deve ser feita é pela quantidade de cafeína em cada produto ingerido, um café expresso tem cerca de 80 mg, um café coado 50 mg, permitimos até uma ingesta de 200 mg de cafeína por dia, evitando o uso após as 18 h. Parar repentinamente o café também não é bom, ocorre a abstinência de cafeína, normalmente comum em quem toma cafezinhos aos montes no meio da semana e no final de semana não toma nada, ou muito menos, pode ter a enxaqueca no final de semana por conta disto.
Falta de exercícios físicos
Realizar exercícios evita que venham as crises de dor de cabeça, o organismo produz endorfinas, regulariza a produção de neurotransmissores como a serotonina, melatonina, o organismo se torna mais saudável, mais resistente a dor. Mas não adianta querer começar já correndo uma maratona, tem que ter a determinação para realizar com frequência.
Uso excessivo de analgésicos
Conceito fundamental para todos terem: analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e duração das crises, depois é claro que ela já se instalou, e quando as crises são frequentes, o uso de analgésicos pode vir a tornar crônico, piorar, agravar a enxaqueca, tornando-a mais resistente, mais frequente. O tratamento da enxaqueca preventivo com remédio e/ou sem remédio deve ser instituído.
Alimentos
Certos alimentos, como o chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico – muito presente em salgadinhos, em molhos (aji-no-moto) – e adoçantes podem agravar as enxaquecas. Em quem tem intolerância à lactose, leite, queijo e derivados devem ser evitados, ou a suplementação da lactose, a enzima que transforma a lactose (o açúcar do leite) em glicose.
Genética
Nada a fazer a não ser reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.
(Por Danielle Cabral Távora)