Tiro ao alvo – Líderes da oposição no Congresso Nacional apresentarão na próxima semana representação na Procuradoria-Geral da República por prática de crime comum cometida pela presidente Dilma Vana Rousseff. Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que a decisão mostra a unidade dos partidos de oposição e a capacidade para conduzir o processo político de forma a atender as expectativas do povo brasileiro.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) após reunião com líderes oposicionistas. A ação terá como base o crime das “pedaladas fiscais”, atestado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).
“A oposição atestou sua unidade na reunião feita na manhã de hoje. Definimos a estratégia de ação para atingirmos nossos objetivos. Está muito claro o crime cometido pela presidente que se utilizou em momento de sua campanha do Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES, conforme já atestou o TCU”, avaliou Caiado.
“Peço a confiança do povo e que nos entregue a responsabilidade de pilotar o processo político no Congresso Nacional. Em contrapartida, aplaudimos a iniciativa de todos os movimentos populares. Mas unifiquem suas ações. Estaremos recepcionando todos vocês no auditório Petrônio Portela, no Senado, no próximo dia 27”, disse.
Pedaladas
Em abril, o TCU classificou como crime os atrasos sistemáticos de repasses do governo federal à Caixa Econômica Federal, ao Banco do Brasil e ao BNDES, que foram obrigados a arcar com programas assistenciais do governo federal, como, por exemplo, o “Minha Casa, Minha Vida”.
Na opinião dos ministros e analistas do tribunal, a operação foi caracterizada como empréstimo de instituições controladas pelo Executivo para o próprio governo, o que é proibido por lei. Os atrasos somaram R$ 40 bilhões. A partir do relatório, o TCU ouvirá 17 autoridades do governo, entre elas o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.