Saia justa – Nesta sexta-feira (29), o congresso da FIFA sofreu uma ameaça de bomba no teatro Hallenstadion, em Zurique. A informação foi confirmada pelo secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, e pela polícia suíça, que está no local investigando.
“Uma ameaça foi recebida. FIFA e autoridades suíças avaliaram a situação. A polícia optou por fazer um intervalo e realizar uma varredura no local. Agora estamos de volta com o congresso”, revelou Valcke.
A polícia de Zurique, em comunicado oficial, afirmou que recebeu denúncia por telefone e que uma busca foi realizada no Hallenstadion por equipe especializada, mas que não foi necessário evacuar o local. Segundo a polícia, a investigação no teatro ainda está em andamento.
A eleição para presidente da FIFA ainda não foi realizada. Na primeira parte do congresso, os dirigentes aprovaram relatórios de 2014 e Joseph Blatter fez um discurso, explicando a investigação que levou dirigentes a prisão durante a semana. Em seguida, houve uma pausa de uma hora e meia para almoço. Quando retornaram, os jornalistas tiveram o acesso negado ao teatro, que estava fechado pela polícia, e só conseguiram entrar após a liberação do espaço.
O congresso desta sexta-feira ainda foi marcado por uma manifestação pró-Palestina, que invadiu o local onde ocorreram os discursos e abriu uma bandeira. Logo os seguranças retiraram os manifestantes.
Blatter concorre à reeleição e seu único rival é o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein. Vale ressaltar que as 209 federações filiadas à FIFA têm direito a voto.
Em seu discurso, o presidente da entidade falou: “Há uma sombra sobre o futebol e sobre esse Congresso, por conta dos eventos que ocorreram. Vamos levantar essa sombra. Não podemos deixar espírito da FIFA ser dragado para lama. Quem está por trás são indivíduos e não toda a organização. Indivíduos que perderam de vista o fato de que nosso jogo é um esporte de equipe, onde todos buscam o mesmo objetivo”.
Apesar do desgaste e da pressão pela renúncia, Joseph Blatter deve ser reeleito para o cargo. (Por Danielle Cabral Távora)