Largando na frente – Um dos responsáveis por denunciar ao Ministério Público Federal, no início de 2009, o esquema de corrupção que culminou com a Operação Lava-Jato e suas quatorze fases, o editor do UCHO.INFO mais uma vez antecipou aos leitores informação inédita, saindo à frente de grandes veículos de comunicação brasileiros.
Na última sexta-feira (19), quando a Polícia Federal colocou em campo a Operação Erga Omnes, levando ao cárcere os respectivos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, as duas maiores do País, este site afirmou que a prisão de Marcelo Odebrecht provocaria enormes estragos no cenário político nacional, em especial no Partido dos Trabalhadores, já que Luiz Inácio da Silva, o agora lobista, é muito ligado à empreiteira baiana.
Muito antes da edição da revista Época, que chegou às bancas e aos assinantes nas primeiras horas do sábado (20), o UCHO.INFO noticiou que a República cairia com uma suposta promessa feita nos bastidores por Odebrecht. Isso porque Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira, disse, em entrevista, não ver problema no fato de a iniciativa privada ingerir nos assuntos do Estado. A entrevista foi concedida em novembro de 2014, portanto oito meses depois da deflagração da Operação Lava-Jato, que àquela altura estava prestes a mandar para a prisão donos e executivos de empreiteiras que participaram do esquema criminoso batizado como Petrolão.
De igual modo, em 29 de agosto de 2014, o UCHO.INFO, com base em informações exclusivas, afirmou, sem medo de errar, que a Operação Lava-Jato em breve subiria a rampa do Palácio do Planalto, alvejando principalmente a presidente Dilma Vana Rousseff e seu antecessor, o alarife e dissimulado Lula.
Passado o impacto da prisão de Marcelo Odebrecht e analisada a situação decorrente da Operação Erga Omnes, os advogados da empreiteira, que atravessaram o final de semana sobre os efeitos do imbróglio, começaram a plantar na imprensa nacional informações que apontavam na direção de uma possibilidade quase nula de delação premiada por parte do presidente da empresa.
Considerando que Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, teria afirmado em tom de ameaça, após a prisão do filho, que se a situação não fosse revertida em curto espaço de tempo seria preciso construir três celas – uma para ele próprio e as outras duas para Lula e Dilma –, algo de estranho e ilegal pode ter ocorrido no período entre as primeiras ações da Erga Omnes. Aliás, esse espaço de tempo foi suficiente para as partes envolvidas no maior escândalo de corrupção da história da humanidade se chegassem a um acordo espúrio.
Independentemente dos desdobramentos da prisão de Marcelo Odebrecht, o pai Emílio fez uma confissão antecipada de culpa, o que coloca seu filho em situação de dificuldade no âmbito da Lava-Jato. Afinal, ainda nesta semana Marcelo Odebrecht, ao lado do presidente da Andrade Gutierrez (Otávio Marques Azevedo), será indiciado pela Polícia Federal pelo menos por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.