Não deixe a cirurgia virar um pesadelo, saiba como prevenir o queloide

queloide_01Melhor evitar – O sonho de se submeter a um procedimento cirúrgico, principalmente à cirurgia plástica, pode tornar-se um pesadelo quando a cicatrização não ocorre da forma esperada e no local da incisão surge uma cicatriz alta e endurecida, chamada queloide, uma sequela estética indesejada e incômoda, principalmente quando aparece em locais expostos.

Contudo, há uma boa notícia! Para evitar surpresas desagradáveis é possível realizar um teste genético onde é possível apontar as probabilidades do desenvolvimento dessas marcas antiestéticas. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, durante o processo de cicatrização, seja após uma cirurgia ou decorrente de um corte mais profundo na pele, o resultado pode ser afetado pelo aparecimento de um queloide.

Estudos médicos apontam que esse tipo de cicatriz pode ocorrer em qualquer lugar do corpo. Contudo, mãos, pés, axilas e couro cabeludo são menos afetados. Uma pessoa pode desenvolver queloide em determinada região, mas não em outra. Isso ocorre pelas características cutâneas de cada área, como espessura, pigmentação, quantidade de colágeno, presença de glândulas, pelos, entre outras.

Quem tem histórico de má cicatrização na família deve sempre passar tal informação ao médico, especialmente durante a preparação para um ato cirúrgico. Porém, isso não significa ficar imune ao problema. Por outro lado, nem sempre o histórico familiar sem casos relatados é garantia de boa cicatrização.

Para ter respostas mais concretas sobre as chances de o organismo produzir cicatrizes antiestéticas, a medicina genética dispõe de um teste capaz de identificar as probabilidades. “A predisposição genética tem-se mostrado como uma combinação de diferentes polimorfismos, isso significa que não há um gene exclusivo ligado a essa alteração”, explica Michelle Vilhena, médica do Centro de Genomas, em São Paulo.

Essa identificação é realizada por meio de uma análise genética que tem como base a probabilidade de risco relativo à população em geral. “Um valor menor que o risco médio não significa, no entanto, ausência de risco, mas, sim, uma possibilidade menor quando comparada a qualquer indivíduo aleatório não testado. Quanto mais próximo do menor valor, menor a probabilidade de desenvolver queloide e, para valores que se aproximam do máximo, maior é a chance de desenvolver o problema”, ressalta a médica. Como qualquer cicatriz pode virar um transtorno, o teste é indicado em qualquer momento da vida, não somente antes de uma cirurgia. (Danielle Cabral Távora)

apoio_04