Câmara pode votar na terça-feira projeto de deputado petista que acaba com o Uber e outros aplicativos

Ao PT não bastou a desastrada e corrupta passagem pelo Palácio do Planalto, que culminou com o desmonte da economia nacional, que enfrenta a mais grave crise da história, e a geração de mais de 13,5 milhões de desempregados. Isso porque os “companheiros”, preocupados com as eleições de 2018, têm trabalhado para inviabilizar ainda mais o País e prejudicar o cidadão, apenas porque o partido corre o risco de desidratar politicamente. E um cenário de caos é favorável à delinquência esquerdista.

De olho nos votos dos taxistas de muitas cidades brasileiras, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) vem atuando nos bastidores da Câmara Federal para garantir a aprovação de pedido de urgência para o Projeto de Lei 5587/2016, de sua autoria, que modifica duas outras leis (12.587/12 e 13.103/15) e altera o modelo atual de transporte individual privado.

O PL privilegia os taxistas e exclui os novos modelos de transporte privado, como os praticados por aplicativos – Uber, Cabify e 99. Nesse modal baseado na tecnologia, motoristas particulares prestam serviço de transporte individual através de aplicativos para smartphones.

A votação do pedido de urgência poderá acontecer na terça-feira (4) e, se aprovado, o PL 5587/16 será levado a votação. O projeto é um golpe declarado e silencioso ao direito de escolha do cidadão, já que a matéria tramita na Câmara dos Deputados desde 2016 sem conhecimento da opinião pública e com quase nenhum espaço na imprensa.

O PL tem provocado discussões na Câmara, com partidos da esquerda raivosa defendendo os taxistas e posicionando-se contra o direito de escolha do consumidor brasileiro. Ademais, o projeto é um símbolo do retrocesso, algo que só interessa ao esquerdismo bandoleiro, pois coloca o Brasil na contramão da lógica e das práticas adotadas em milhares de cidades do planeta.


Um dos ácidos críticos do PL em questão é o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE). “No momento em que ela fala em colocação de licença, placa vermelha, taxímetro, limita totalmente e termina induzindo que esse transporte privado só pode ser feito por uma categoria. Então tira autonomia dos municípios e não entende as diferenças de um país tão grande, que tem cidades completamente diferentes, seguindo na contramão do combate ao desemprego e do que acontece nas grandes cidades do mundo”, afirma Coelho, que quer explicações sobre a velocíssima tramitação do projeto na Câmara dos Deputados.

Já o petista Carlos Zarattini, autor do covarde projeto, nega que sua proposta privilegia uma categoria ou inviabiliza os aplicativos no Brasil. Ele explica que a ideia é garantir a regulamentação dos aplicativos para proteger tanto taxistas quanto os motoristas particulares. Como todo comunista, Zarattini abomina a concorrência. Aliás, o seu partido, o PT, tentou implantar esse conceito de concorrência minimizada na política brasileira com o Petrolão, impedindo que as legendas adversárias conseguissem financiamento eleitoral em volume suficiente para derrotá-lo.

“Quem é mais antigo se lembra que, numa época parecida com essa de hoje, quando havia um desemprego bastante alto, milhares de pessoas buscaram comprar uma van e operaram de forma desregulamentada no transporte público. Passados dois ou três anos, o que nós vimos? Um ambiente de total insegurança, veículos arrebentados e perueiros ganhando pouco dinheiro. Aquilo serviu para desorganizar o transporte regulamentado. E nós vamos assistir uma reprise desse filme se continuarmos nesse mesmo caminho”, declara Zarattini. “A ideia não é proibir aplicativos, é regulamentar”, emenda o petista.

Desde 2016, as empresas gestoras dos aplicativos exclusivos para taxistas abriram espaço para os motoristas particulares, os chamados “chapa cinza”, oferecendo aos usuários de transporte privado mais opções. De tal modo, não há interesse para que o PL 5587/16 seja aprovado com sua redação original. Por isso é preciso que a população pressione os deputados, em Brasília, para que possíveis mudanças no texto tornem o projeto menos restritivo e punitivo, deixando a regulamentação do transporte individual privado, como já acontece, às autoridades municipais, como prefeitos e vereadores.

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